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11 dezembro 2021

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Antas

11 dezembro 2021 1 Comentários

UMA DAS QUATRO FOLHAS EM QUE O VASTO TERRITÓRIO MONTALVANENSE ESTEVE DIVIDIDO DURANTE SÉCULOS.



Talvez que desde a formação da localidade já com características de povoação para lá de um lugarejo, entre finais do século XIII e início do século XVI.


Carta Corográfica de Portugal; Folha 28 (Nisa); Escala 1/100 000; Instituto e Geográfico e Cadastral; Edição de 1960; Lisboa

Aquando do inventário para avaliar os danos causados pelo terramoto de 1 de novembro de 1755, da Corte em Lisboa, foi enviado um inquérito aos párocos de todo o País, aproveitando para saber de cada paróquia - povoações e territórios - as características geográficas, demográficas, históricas, económicas, religiosas e administrativas. O aviso (perguntas) data de 18 de janeiro de 1758, assinado pelo Secretário de Estado dos Negócios Interiores do Reino (equivalente ao atual primeiro ministro), Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro «Marquês de Pombal» em 1769 depois de ser «Conde de Oeiras», em 1759. A resposta de Montalvão surge em 24 de abril de 1758, pelo Vigário Frei António Nunes Pestana de Mendonça.


A pergunta é:



5. Se tem termo seu: que lugares, ou aldeas comprehende, como se chamaõ? E quantos visinhos tem?


A resposta (texto inicial):



5. Tem termo proprio dividido em quatro folhas - a saber Diagueiros, que tem huma legoa de comprimento para as partes de Castello de Vide = a folha de Magdalena, que tem outra legoa de comprimento para as partes de Nisa - A folha das Antas que hé a menor de todas terá três quartos de comprimento para as partes de Castella = finalmente a folha da Barreyra, que tem huma légoa para as partes da Beira, e finalisa no rio Tejo = ...... continua com a descrição e dimensão dos lugares


A folha das ANTAS deve o nome, certamente, à enorme variedade de construções megalíticas, com origem nos primeiros Seres Humanos que ocuparam a região na Pré-história, que existiam em ambas das margens do rio Sever e cujas lajes e pedras foram depois aproveitadas pelos montalvanenses para fazer palheiros, currais, poços e pedreiras. Apesar de ser uma "folha" pequena é a que era mais generosa em água, quer de nascentes, quer de água corrente (rio Sever). Era nesta "folha" que se localizavam quatro dos principais poços que abasteciam de água a povoação, além de um generoso chafariz (clicar). Dotada de inúmeros pequenos cursos de água (barrocas) que desaguam no rio Sever, mesmo os dois ribeiros - «Marí Neta» e «Dourédes» não têm grande extensão e correm pouco tempo no Inverno. Mas era uma "folha" com facilidade de ligação a Castela, depois Espanha nas proximidades de Montalvão. Além disso havia as azenhas (moinhos de rio) e uma grande variedade de peixes. "Folha" pequena mas com variedade de utilização e amplas e diversas possibilidades. 



As três pequenas sub-bacias:

Ribeira da Marí Neta;

Ribeiro dos Dourédes;

Barroca de Vale do Forno.



Em Montalvão, um chafariz é uma nascente com uma bica em que a água corre para uma pia onde animais de grande porte (vacum, cavalar, muar e asinino) podem saciar a sede. Uma fonte pode ser um poço - água tirada a caldeiro - mas ficando sempre num espaço público. Uma nascente com bica mas sem pia a que tenham acesso animais de grande porte também é uma fonte, por isso há dois tipos de fonte: com bica e com caldeiro (forma de poço, mas em espaço público). O Chafariz de Santa Clara é a melhor nascente em toda esta folha das «Antas». 



A folha das «Antas» tinha grande importância pois permitia a ligação a Espanha embora devido ao encaixe do leito do rio Sever - as «Barrêras do Rio» são imponentes - apenas em determinados açudes e pégos (portos) com destaque pelo do Artur que se localiza no seguimento da Porta de Baixo. A descrição do rio Sever, publicada em 1803, merecerá destaque em breve, completando o que dele se escreveu (clicar). 



Apesar de pequena - relativamente às outras três folhas (Diagueiros, Madalena - nesta há muitíssimo para "dizer" até porque Santa Maria Madalena é padroeira (protetora) dos Templários - e Barreiras) a folha «Antas» tinha dois caminhos estruturantes. Para Oeste, o dos Moinhos - servindo essencialmente a azenha do Artur - e para Norte o caminho da Foz que era junto a Montalvão o caminho para a Lomba da Barca, ligando o Alentejo com a Beira Baixa praticamente todo o ano, exceto em dias de invernia que tornassem o rio Tejo perigoso devido à corrente e materiais arrastados que pudessem provocar rombos na Barca. No troço final o «Caminho da Foz» deixava de ser uma linha de festo, topos ou cumeada e seguia junto ao leito da Barroca de Vale do Forno.




Num território que pertencia a Montalvão, numa das quatro folhas em que estava dividido junto aos caminhos que estruturavam este espaço e permitiam a sua utilização e atravessamento - o caminho dos Moinhos com ligação a Espanha todo o ano pela azenha do Artur - localizava-se a Ermida de Santa Margarida. Todas as quatro folhas tinham um caminho estruturante e uma Ermida importante.


Conhecer a evolução de cada uma destas quatro folhas é perceber como se conseguiu assegurar a subsistência de uma povoação como Montalvão. É tão interessante perceber a evolução agrária destes espaços do vasto território montalvanense como perceber a evolução e crescimento dos arruamentos do povoado.


Numa área dominada pela média e grande propriedade com destaque para o «Monte da Foz», tendo como últimos proprietários António Ferro (morava na rua da Barca) depois dos filhos «Jaquim Ferro» - solteiro morou com ele - e Domingos Ferro, habitava a casa do sogro o senhor Jaime (Regedor durante décadas) na casa da Praça da República (Monte da Foz que agora, consta, são eucaliptos do Novo Banco) há a curiosidade de a sul dessa propriedade e a norte dos Dourados existir um núcleo de olival em minifúndio - cerca de uma centena de «tchões» bem longe de Montalvão, aproveitando as vertentes de duas barrocas do «Muro da Porta» e do «Brás Neto». Esta "folha" como é a menor torna-se mais fácil de perceber quem eram os proprietários: ascendentes da família do senhor António Ferro e da esposa do senhor António Louro. Um dos maiores terratenentes montalvanenses - António Ferro - viu terminar a descendência, a viver em Montalvão, com a morte trágica do neto - um filho (Joaquim Ferro) nunca lhe deu netos e o outro - Domingos Ferro - teve um descendente que faleceu na Guerra Colonial (norte de Angola), em 21 de novembro de 1964, a quatro dias de completar 23 anos (clicar) além de uma filha que casou com um espanhol indo viver para Espanha. 


Só pode existir uma povoação e esta ter desenvolvimento durante séculos (sete) porque há um território que lhe deu subsistência e sustentabilidade, bem como a existência de água. Sem água não há vida.


Assim se foi fazendo Montalvão...

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03 dezembro 2021

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A Epopeia da Água (Parte 1: Localização)

03 dezembro 2021 0 Comentários

A EXISTÊNCIA DE ÁGUA POTÁVEL É FUNDAMENTAL PARA UM TERRITÓRIO SER POVOADO E FAZER CRESCER ESSE AGLOMERADO POPULACIONAL.


Montalvão tem uma localização de excelência num sítio elevado mas a água escasseia. A distribuição canalizada, a partir de 1965, resolveu o problema mas até esta existir chegou a ser problemática a falta de água quando o povoado atingiu quase três mil pessoas, em meados da década de 40.




No início do século XIX há descrições e considerações acerca da água, quantidade e qualidade.  Foi o então Oficial do Real Corpo de Engenheiros, José Maria das Neves Costa, nascido em Carnide (atualmente pertencente a Lisboa) que fez o reconhecimento militar da fronteira do Nordeste Alentejano, a deixar um conjunto de memórias descritivas e uma carta topográfica pormenorizada que mesmo sendo trabalhos para o exército (Inspeção Geral das Fronteiras e Costas Marítimas do Reino). Apesar de ser realizado sob o ponto de vista do interesse militar, o trabalho documenta com preciosidade e minucia o que eram e que condições tinham os montalvanenses no início do século XIX. Em 1803 foi publicado o seguinte:


Até à adoção do sistema métrico decimal (francês) em que a légua passou a equivaler a cinco mil metros (decreto de 13 de dezembro de 1852) uma légua era um múltiplo da polegada sendo superior aos atuais 5 000 metros, variando entre 5,5 e 6,6 mil metros. Cerca de meia légua, em 1800, seria aproximadamente três mil metros atuais. As três fontes em "diferentes direções" aproximadamente a essa distância, seriam na Charneca (Oeste) ainda (talvez) a Fonte Ferranha (Sul) e para Noroeste do povoado, a Senhora dos Remédios com três nascentes: fonte atrás da Ermida (Fonte da Senhô Drumédes), Fonte Antiga e Chafariz da Venda  


A descrição é fácil de interpretar embora haja algumas questões. Se no início do povoamento com os Cavaleiros da Ordem do Templo a água não era problema, pois seriam poucos os montalvanenses, em 1800, para cerca de mil habitantes já havia escassez no final do Verão pela utilização desde o final das últimas chuvas de Primavera com as nascentes a minguar à espera das primeiras chuvadas de Outono. A qualidade não era famosa, nem é, pois são nascentes em terreno de xisto. Longe da povoação há água com melhor qualidade, em terrenos de arcoses (areia e cascalho/ponedros) como na Charneca (a Salavessa beneficia desta água) e no Monte do Pombo (que foi povoação, beneficiando desta água) noutro núcleo de arcoses que tem água de boa qualidade para as «Cerejêras» e para a "Senhô Drumédes».

 

Extrato da Carta Geológica de Portugal; folha 28-D (Nisa); 1/50 000; Direcção Geral de Minas e Serviços Geológicos; 1964; as arcoses ou terrenos de "areia e cascalho" entre a Ermida da Senhora dos Remédios e o Monte do Pombo, onde nasce a água com melhor qualidade (a par da Charneca/Salavessa) do vasto território montalvanense


A Norte de Montalvão a água é mais abundante que a Sul. Pela fisionomia de Montalvão e histórico de crescimento dos arruamentos a vertente norte foi mais intensamente povoada - considerando que o eixo fundamental Rua do Outeiro - Praça - Rua Direita - Rua do Cabo - Corredoura - abastecia-se a Norte (mesmo localizando-se no topo do Monte) - daí o número de fontes ser superior. Em Montalvão, um poço se ficar num caminho público ou azinhaga é uma Fonte. Depois há as fontes com bica e os chafarizes que têm bica ou água tirada a caldeiro mas junto há uma pia para que os animais de maior porte - gado vacum, cavalar, muar e asinino - possam saciar a sede. 




Para Norte

A norte de Montalvão ficam cinco das oito fontes (poços na via pública). A Fonte Cereja é a mais próxima (pouco mais) tendo melhor acesso por ser mais plano mas tem água salobra imprópria para beber ou cozinhar. Servia para lavagens e "dar de beber" aos animais. O grande sistema de fontes montalvanenses - quatro - ficava nas nascentes da ribeira da «Marí Neta» que teve diminuição de caudal à medida que o povoamento (e consumo de água na localidade) em Montalvão aumentou. Mais água retirada em profundidade, menos água para correr à superfície. Curiosamente estas quatro fontes tinham características diferentes - quantidade e qualidade da água - ainda que fossem todas muito próximas. Merecem um capítulo à parte, aliás dois: "As Três Fontes" e a "Barroca e Fonte de Mato».




Para Sul

A sul do povoado ficam três fontes das oito. Delas só resta uma - a Fonte Souriça - pois a Fonte Carreira e o Fontanhão foram tapadas depois de ser estabelecido o sistema de água canalizada. A água da Fonte Souriça não é própria para beber a não ser pelos animais. Mas merece destaque "por outros motivos". Aquando da construção e inauguração da "Escola Nova" (23 de janeiro de 1950: clicar) no «Burnáldine» não havendo água canalizada - só em 1966 - as raparigas que ocupavam o lado direito/norte do edifício iam abastecer a escola de água na Fonte Carreira, já os rapazes (lado esquerdo/sul) abasteciam a escola com água do Fontanhão. Colocar crianças no rebordo de poços era de uma inconsciência que nem pode ser considerada "naquele tempo era assim..." isto porque houve - pelo menos uma «catchópa» - que se indignou por obrigarem raparigas com menos de dez anos a "tirarem água a caldeiro" da Fonte Carreira, em cima do muro de pedra do poço, e pagou pela ousadia.  


1. Chafariz de Santa Clara (com bica e duas pias, uma frontal para pessoas e a lateral para animais)


Algo que causa alguma "estranheza" no levantamento efetuado, por José Maria das Neves Costa, é a não referência a duas nascentes que eram importantes - embora já longe do povoado - para quem tinha que fazer o percurso de ida e volta (este já com o peso da água em cima): o "Chafariz de Santa Clara" (a Norte) e a Fonte Judia (a Sul). Será que não existiam em 1800?  Ou foram consideradas como menos utilizadas devido a ficarem longe, para quem "ia à Água" que eram geralmente «Catchópas» que faziam um enorme esforço para trazer água dos oito poços quanto mais de nascentes para lá do aceitável quando o percurso era pedestre e havia que equilibrar as «infusas» ou bilhas na cabeça?


2. Fonte Judia (cisterna com água retirada a caldeiro) é também uma das nascentes do Ribeiro de Ficalho

A água era essencial e quanto mais crescia o povoado mais se notava a falta dela. Muitos poços em propriedades privadas foram sendo construídos tal como pedreiras. Esta é outra história. Aproveitar uma pequena nascente ou um nível freático mais superficial para abrir um espaço, em forma de meia lua, com parede do lado mais profundo.



O vai-e-vem todo o ano a caminho das «Fontes» era fundamental para ter as "infusas", bilhas e cântaros cheios. Comida e saciar a sede dependiam de ter água e da sua qualidade.



Próxima Paragem: Parte II - A Utilização


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01 dezembro 2021

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Pezinhos de Porco Com Batatas

01 dezembro 2021 0 Comentários

NUMA RECEITA HÁ MAIS DE SEIS GERAÇÕES NA FAMÍLIA, NESTE CASO À MODA DE ANA DA GRAÇA.


Em Montalvão há cerca de quatro dezenas de cozinhados, embora um terço seja o mesmo que outras terras do Nordeste Alentejano, outro tanto semelhante a outras localidades e outro igual com características montalvanenses muito próprias.

 

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25 novembro 2021

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Rio Sever 1758 (Parte I: Peixes)

25 novembro 2021 0 Comentários

A POPULAÇÃO MONTALVANENSE TINHA NO RIO SEVER UMA OPORTUNIDADE DE LAZER E VARIEDADE ALIMENTAR.



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20 novembro 2021

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Montalvão 1890

20 novembro 2021 0 Comentários

A DEMOGRAFIA MONTALVANENSE HÁ 130 ANOS ERA UM «ASSUNTO À PARTE» COMPARADA COM A ATUALIDADE. 



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06 novembro 2021

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Ribeiro de Fivenco 1803

06 novembro 2021 4 Comentários

RIBEIRO IMPORTANTE NUM VASTO TERRITÓRIO ONDE OS RIOS QUE O DELIMITAM SÃO O TEJO E O SEVER. 


A grafia do nome do ribeiro é muito variada, tendo já referências ao mesmo escritas no século XVIII (Fivelrro), no século XIX (Fevebro, Feverlo e Fevel) e no século XX (Fivelo, Fivenco e Fouvel) certamente influenciadas pela oralidade com que quem perguntava se confrontava. No século XX na Salavessa é Fiverlô e em Montalvão até se ouvia duas designações: Fevêle ou Fouvôile.«Lá pró Pé Lázar no rebêre de Fouvôile!»


Seja como for o ribeiro é estruturante para o território, primeiro concelho e depois de 6 de novembro de 1836, freguesia não só por ser uma linha de água das maiores e sem dúvida a que tem a maior superfície (sub-bacia hidrográfica fazendo parte da bacia do rio Tejo de que é afluente "direto") ocupando na freguesia a maior área muito superior a qualquer outra. Aliás o Plano Diretor Municipal de Nisa dá-lhe o devido destaque.



Mas o ribeiro de Fivenco tem ainda outras duas particularidades. 

1. É sem dúvida um dos responsáveis pelo isolamento do território durante séculos devido à dificuldade, principalmente de Inverno, que colocava em ultrapassar de uma margem para outra - ou seja, isolava Montalvão para Sul e Sudoeste - sendo a sua importância e inacessibilidade tal que é a vertente sul demarca a fronteira do anterior concelho e depois freguesia praticamente em toda a extensão. Desde a nascente quase na Póvoa e Meadas até muito próximo da foz. Até é algo surpreendente o porquê do território montalvanense ter como limite o leito do ribeiro já tão perto da sua confluência com o rio Tejo quando o setor da sua sub-bacia que não faz parte da freguesia é diminuto. Ao tempo, quanto foi feita a demarcação, entre Montalvão e Nisa (freguesia de Nossa Senhora da Graça), algo fez com que assim ficasse decidido.  




   2. O ribeiro tem importância desigual para a Salavessa e para Montalvão. Correndo a sul da Salavessa tem (ou tinha...) para esta uma importância económica que não tem para Montalvão. Tinha moinho (do Fivêrlo) e na foz uma azenha (Pêgo do Bispo) já no rio Tejo, sem dúvida o engenho mais sofisticado para moagem existente em todo o território montalvanense. Ficará para outra ocasião fazer uma espécie de radiografia do ribeiro desde a nascente até à foz - onde foi mesmo cortado uma nesga de lajes, o «buraco» - para abreviar o local onde desagua no rio Tejo. Com fotografias de vários locais, alguns bem pitorescos, incluindo as travessias centenárias, além de imagens do moinho do Fivêrlo. Serão notas com a descrição de alguém que é de Montalvão valorizando com a opinião salavessense, até porque em termos de importância, o ribeiro é "muito mais da Salavessa que de Montalvão" visto ser mais importante para a Salavessa que para Montalvão. 



Neste texto há que colocar a descrição do ribeiro feita há 220 anos por quem não era da região mas estava a fazer um reconhecimento do território.  Foi o então Oficial do Real Corpo de Engenheiros, José Maria das Neves Costa, nascido em Carnide (atualmente pertencente a Lisboa) que fez o reconhecimento militar da fronteira do Nordeste Alentejano, a deixar um conjunto de memórias descritivas e uma carta topográfica pormenorizada que mesmo sendo trabalhos para o exército (Inspeção Geral das Fronteiras e Costas Marítimas do Reino). Apesar de ser realizado sob o ponto de vista do interesse militar, o trabalho documenta com preciosidade e minucia o que eram e por onde se deslocavam os montalvanenses no início do século XIX. Em 1803 foi publicado o seguinte:

 


Santo António da Giesteira onde na realidade a fisionomia do ribeiro se altera profundamente.


E as descrições que ilustram como o ribeiro para os montalvanenses, antes da construção da estrada nacional n.º 359 que liga Montalvão a Nisa, era um forte factor de impedimento das ligações a Nisa/Pé da Serra e Alpalhão. Neste caso é de referir que antes da construção da citada estrada o caminho para Alpalhão não coincidia com o caminho para Nisa. Exatamente para aproveitar passagens mais facilitadas sobre o ribeiro de Fivenco e sobre a ribeira e Nisa.





   Próxima paragem: o ribeiro de Fivenco no século XXI


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21 outubro 2021

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Aquela Última Viagem

21 outubro 2021 0 Comentários

QUANDO SE REGRESSA A MONTALVÃO NUNCA É DEFINITIVO. É SEMPRE UM ATÉ JÁ!


NOTA: o consagrado jovem escritor Bruno Vieira Amaral não é montalvanense mas é como se fosse. Além disso terá justificação em ter espaço neste blogue pois escreve tendo por cenário e referência a «Vila». É pois uma honra poder escrever acerca de alguém com quem se pode conversar e perceber o que significa Montalvão, tendo ele completado há poucos dias 43 anos. Isto num blogue que tem por objeto, quando pessoas, quem já não está entre nós.

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09 outubro 2021

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Dom Dinis 760

09 outubro 2021 2 Comentários

EM 9 DE OUTUBRO DE 1261, HÁ 760 ANOS, NASCEU EM LISBOA, CAPITAL DE PORTUGAL DESDE 1255, O REI DOM DINIS.


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