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23 janeiro 2020

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Escola Primária 70

23 janeiro 2020 0 Comentários

 HÁ 70 ANOS, EM 23 DE JANEIRO DE 1950, POUCO DEPOIS DO INÍCIO DO SEGUNDO PERÍODO FOI INAUGURADO O NOVO EDIFÍCIO PARA A ESCOLA PRIMÁRIA.

Que mereceu honras de destaque em jornais regionais e nacionais a assinalar, com algumas reproduções, em 2021. 

Na penúltima segunda-feira desse mês de janeiro de 1950 os alunos (transitaram da rua de São Pedro) e as alunas (transitaram da rua da Barca) para o novo edifício inaugurado no Sítio do Bernardino. Este tema merecerá destaque aquando de um texto neste blogue honrando «Os Professores».

Montalvão tinha, finalmente uma Escola no modelo idealizado depois da comemoração dos Centenários (1140/1640), em 1940. Demorou tempo a ser concluída, mas foi...

1947

1955

2020

O «Plano dos Centenários» para as escolas primárias adaptava os edifícios às características etnográficas bem como à dimensão do agregado populacional. Montalvão teve uma Escola modelo Alentejo" com dimensão de Vila, ou seja, dois pisos, com quatro salas: duas para raparigas (1.ª e 3.ª classes, na do rés-do-chão; e 2.ª e 4.ª classe no primeiro andar) e duas para rapazes, com a mesma disposição.

A organização das salas de aula, com três janelas, em 1950, era simples:

Catchópas/raparigas 
Dona Mónica, com as primeira e terceira classe, logo na sala do piso térreo;
 
Dona Maria de Lurdes, com as segunda e quarta classe, no piso de cima, subindo as escadas laterais.

Catchôpos/rapazes 
Senhor Domingos Antunes, com a primeira e terceira classes, no rés-do-chão; 

Dona Lucília, com as segunda e quarta classe, no primeiro andar, também com escadas pela lateral. 


A escola além de ter tido uma construção morosa, sete anos, quando abriu tinha condições precárias. Como não havia água canalizada, nem saneamento básico, obrigavam os alunos a "irem à fonte" - as raparigas iam à «Fonte Carreira» e os rapazes à «Fonte do Bernardino». As casas de banho eram rudimentares e o que lhes valia era serem pouco utilizadas. 

As escolas primárias eram muito semelhantes por todo o País, até mais no seu interior que exterior

O horário era sempre a "andar": das nove da manhã ao meio-dia; tudo para casa a almoçar; e da uma às três da tarde. Cinco horas, seis dias por semana. Numa hora, subir o Arrabalde, almoçar e regressar, muitas vezes à chuva e ao vento, era estar mesmo a pedir uma semana na cama doente. À ida, de manhã, e vinda, à tarde, de sacola de pano com livros e cadernos, mais a "pedra", o lápis de pedra e caneta com aparo. Os tinteiros ficavam na pocinha das carteiras. Era assim a escola naquele tempo. Depois foi mudando até tendo quatro salas destinar cada uma a uma classe com turmas mistas mão não misturadas.

Algures em Portugal, com menos batas brancas ou mais, era assim por todo o Portugal

As escolas primárias não eram todas iguais, mas variavam pouco - características regionalistas/etnográficas e dimensão da população.


Desse tempo o que ficou? 

Muitas crianças alfabetizadas, talvez um milhão entre 1950 e 1974, muita iliteracia (pois eram milhares as que nunca mais tinham oportunidade de voltar a ler e escrever) e como símbolo, a palmatória ou régua - eu nunca vi nenhuma palmatória em quatro anos: 1967/68 a 1970/71 - mas levei algumas reguadas.

Assim se foi fazendo Montalvão


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