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11 novembro 2018

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Editorial

11 novembro 2018




Mote

Montalvão é terra antiga
Do tempo de Dom Diniz
Para comprovar o diga
A sua igreja Matriz

I

Montalvão é sítio datado
Imemorial com valor
Sempre forte amado
Com horizonte no rio Salor

II

Montalvão foi excomungada
Por ser intrépida de alma
Resistente e abnegada
Libertou-se num dia de calma

III

Montalvão sempre aguarda
Pois de nada tem medo
Nem do Bispado da Guarda
Que vacilou em credo

IV

Montalvão templária
Fez-se grande e formosa
Cantaram-lhe uma ária
Mui forte e famosa

V

Montalvão ficou na raia
Alcanices a marcou
Para sempre de fina cambraia
Povoado simples abarcou

VI

Montalvão terra com atalaias
Castelo simples para se ver
Ao longe braçadas e maias
Rainha nas margens do Sever

VII

Montalvão foi vila
Dom Manuel lhe deu foral
Adoptou gente reguila
Por isso vive com moral

VIII

Montalvão terra de gentios
Ponedros e Canchos
Avós e tios
Estevas e Ganchos

IX

Montalvão fronteira de Espanha
Começou por ser com Castela
E no tempo de manjar castanha
Até pelejou Mouros para barrela

X

Montalvão será eterna
Lá no alto do cabeço
Monte ermo de lanterna
Cá em baixo no berço

XI

Montalvão terra minha
Dessa gente sem eira
Vou suar naquela linha
De lá vislumbro a Beira

XII

Montalvão
Sempre amada
Vastidão
Sempre suada