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11 junho 2022

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António José Belo 110

11 junho 2022 0 Comentários

HÁ 110 ANOS, EM 11 DE JUNHO DE 1912, NASCEU EM MONTALVÃO ANTÓNIO JOSÉ BELO, POPULARMENTE CONHECIDO, COMO ERA NORMA MONTALVANENSE PELA ALCUNHA, POR TI ZÉZANA.



Faleceu, aos 90 anos e 14 dias, em 25 de junho de 2002.


Foi um dinamizador cultural. Sem dúvida o mais importante no século XX, talvez desde sempre. Não há memória de, em Montalvão, existir outro igual. Até outro que se assemelhe ao Ti Zézana. Com prejuízo da sua vida pessoal como se sabe e ele tão bem descreveu. 




Eis um excerto de uma espécie de Autobiografia que foi publicada para assinalar as duas décadas do seu falecimento - 25 de junho de 2002/2022 - podendo ser lida a carta completa aqui (clicar).

O Padre José António dos Santos e o Ti Zézana. O padre foi um precioso auxiliar de António José Belo na dinamização cultural em Montalvão


O Ti Zézana distinguiu-se desde muito cedo como dançarino, fazendo parte do grupo que esteve em Portalegre e Elvas, no Verão de 1944, já referido em diversos textos (clicar) (clicar). 

10 de junho de 1944. «Serão Alentejano», em Portalegre


Depois teve um percurso notável como ensaiador das contradanças do "Rancho Folclórico" com atuações em Montalvão e Nisa, desde os Anos 50 até meados dos Anos 80.

5 de março de 1957. Da esquerda para a direita, com o nome da rua onde habitavam; Catchópas: Moruja (Arrabalde), Ámalha (Ferro), Etelvina Xanana (Derêta a chegar ao Cabo), Salete (Trazeiras), Trôiza (Recante do Arnêre), Marí Ámalha (Outêre), Olímpia (Burnáldine), Brízeda (Sam Pôidre), Marí Matos (Burnáldine) e Lurdes Cagadenhêre (Cabo). Catchôpos: (// significa «catchópa» entre eles): Vergil (Barca), Vergil (Touriles) e Banhenhas (Barca)// Conciôn (Arrabalde) // Tónhe Cegano (Funde da Rua) // Zé Belo (Sam Pôidre)// Júan dos Reis (Barca) e Carol (Cabo)// Zé Tchic (Ferro)// Leirinha (Derêta) // Matias (Sant'André) // // Tónhe Plainas (Cabo) // Zé Domingues (Cabo) //


24 de abril de 1960. Inauguração do Hospital da Misericórdia de Nisa

20 de junho de 1971. Espetáculo a favor do Hospital da Misericórdia de Nisa. O Ti Zézana é o primeiro a contar da direita

1981. Apresentação do «Rancho Folclórico» em Monte Claro, localidade na freguesia de São Matias (concelho de Nisa). Como sempre atarefado para que tudo decorresse com a máxima perfeição e entrega: ao centro de chapéu e gravata


A sua permanente, importante, prolixa e prolongada atividade fez com que fosse notícia, várias vezes, na Imprensa Regional (de Nisa e Portalegre, por exemplo) mas também a nível nacional quando ocupou cargos de importância local, como Presidente da Direção da Casa do Povo de Montalvão. Eis um exemplo, entre cerca de duas dezenas:



Ele era um apaixonado por tudo o que fosse folclore e teatro nunca negando participar, mas exigindo sempre a máxima qualidade possível. Ensaiava, encenava e apresentava. Sem nunca ter ido à Escola, mas alfabetizado por "conta própria" era temerário e abnegado.

António José Belo em mais uma apresentação mostrando a sua determinação em dinamizar culturalmente Montalvão


Mas também foi encenador permitindo que Montalvão tivesse um "Grupo Cénico" que levou teatro à Casa do Povo, em pelo menos, seis peças, nos Anos 60 e 70, ainda com representações em Nisa, Salavessa e Póvoa e Meadas.

1962. O «Grupo Cénico» que levou à cena "A Desgraça Benfazeja" e "O Bruxo em Calças Pretas". Ti Zézana é o primeiro, em pé, a contar da esquerda. Em baixo, outro momento para o mesmo grupo




Em mais uma sessão para ensaiar uma peça cénica. Ti Zézana, à direita



Terceiro a contar da esquerda, António José Belo deliciado por propocionar alegria e divertimento aos montalvanenses, em Montalvão ou nas outras localidades onde iam em digressão para atuar


E nunca se pode esquecer a sua faceta de rimador de classe excelsa apresentando alguma inovação, notável para quem era autodidata, com as rimas publicadas em livro. Se das outras atividades ficaram as memórias de quem as viveu, bem como os registos em fotografias e notícias, os seus textos ficarão para a posteridade. Continua bem vivo entre os que gostam de o ler.


Para quem fez de tantos montalvanenses atores e atrizes, nem que alguns o fossem por poucos dias ou apenas momentos, por mais breves ou mais longos que fossem, mas sempre amadores como ele. Embora o Ti Zézana o fizesse com profissionalismo que igualmente exigia, para que houvesse rigor e qualidade, eis algumas das suas rimas ditas por um conhecido ator português com idade para ser seu neto, António Melo.



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