MARCAVA O INÍCIO DA QUARESMA NESTA QUARTA FEIRA DE CINZAS.
Aos serões de todos os dias da semana, desde a Quarta feira de Cinzas (14 de fevereiro de 2024) até Quarta feira de Trevas (27 de março de 2024) esta já na semana entre o Domingo de Ramos e o Domingo de Páscoa, em duas ou três habitações particulares de Montalvão colocadas à disposição do Povo pelos respetivos donos, praticando-se a devoção do «Terço Cantado» durante toda a Quaresma. Com esta finalidade juntavam-se rapazes e raparigas, estas acompanhadas pelas mães ou por parentes próximos que aproveitavam as esperas fazendo trabalhos de rendas ou bordados.
O «Terço Cantado» era regido por um homem a quem designavam como "o Mestre". Assim que todos estavam reunidos e preparados, o Mestre dava o sinal de início batendo com as mãos uma na outra e da mesma forma continuava durante os cânticos a marcar a cadência.
Iniciava-se o «Terço Cantado» entoando o «Bendito e Louvado»:
Bendito e Louvado seja o Santíssimo
Sacramento da Eucaristia
Fruto do Ventre Sagrado
Da Virgem Puríssima
Santa Maria
Depois do «Bendito e Louvado» seguiam-se as cinco dezenas do Terço do Rosário, todos os dias exceto às sextas-feiras, cantadas em música simples e andamento de marcha. Aos sábados acrescentava-se as «Excelências da Virgem».
Então por ordem cronológica, de sábado (com mais o que se descreveu), domingo a quinta-feira:
Padre-Nosso;
Salvé-Rainha;
Óh Meu Doce Jesus;
As Glórias da Virgem;
A Magnificat;
Senhora do Carmo;
Senhora da Lapa.
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Aos serões de todos os dias da semana, desde a Quarta feira de Cinzas (14 de fevereiro de 2024) até Quarta feira de Trevas (27 de março de 2024) esta já na semana entre o Domingo de Ramos e o Domingo de Páscoa, em duas ou três habitações particulares de Montalvão colocadas à disposição do Povo pelos respetivos donos, praticando-se a devoção do «Terço Cantado» durante toda a Quaresma. Com esta finalidade juntavam-se rapazes e raparigas, estas acompanhadas pelas mães ou por parentes próximos que aproveitavam as esperas fazendo trabalhos de rendas ou bordados.
O «Terço Cantado» era regido por um homem a quem designavam como "o Mestre". Assim que todos estavam reunidos e preparados, o Mestre dava o sinal de início batendo com as mãos uma na outra e da mesma forma continuava durante os cânticos a marcar a cadência.
Iniciava-se o «Terço Cantado» entoando o «Bendito e Louvado»:
Bendito e Louvado seja o Santíssimo
Sacramento da Eucaristia
Fruto do Ventre Sagrado
Da Virgem Puríssima
Santa Maria
Depois do «Bendito e Louvado» seguiam-se as cinco dezenas do Terço do Rosário, todos os dias exceto às sextas-feiras, cantadas em música simples e andamento de marcha. Aos sábados acrescentava-se as «Excelências da Virgem».
Então por ordem cronológica, de sábado (com mais o que se descreveu), domingo a quinta-feira:
Padre-Nosso;
Salvé-Rainha;
Óh Meu Doce Jesus;
As Glórias da Virgem;
A Magnificat;
Senhora do Carmo;
Senhora da Lapa.
Nas sextas-feiras, os Padre-Nossos, Avé-Marias e Glórias eram substituídos por outro cântico: «Bendita e Louvada Seja/ A Sagrada Paixão do Amante Jesus».
O tempo da Quaresma era, sem dúvida, o período mais prolongado das celebrações religiosas em Montalvão que culminavam numa Semana Santa inigualável em «Sentimento e Paixão». Atraia alguns habitantes, com maior devoção religiosa, de povoações vizinhas. Só o número de habitantes baixo - por isso pouco conhecido para lá dos limites do povoado - não permitiu fazer da Semana Santa montalvanense um acontecimento único em Portugal. Nem em Braga.
Em breve, neste blogue, a descrição destes versos de Cânticos da Quaresma...
A Quaresma era um tempo de luto em Montalvão. A povoação vivia esses quarenta dias com muita devoção e respeito. Certamente por ter origem em rituais ancestrais com ligação à Ordem do Templo, em finais do século XIII mas ainda vividos com intensidade em meados do século XX quando a freguesia atingiu o limiar dos três mil habitantes.
O tempo da Quaresma era, sem dúvida, o período mais prolongado das celebrações religiosas em Montalvão que culminavam numa Semana Santa inigualável em «Sentimento e Paixão». Atraia alguns habitantes, com maior devoção religiosa, de povoações vizinhas. Só o número de habitantes baixo - por isso pouco conhecido para lá dos limites do povoado - não permitiu fazer da Semana Santa montalvanense um acontecimento único em Portugal. Nem em Braga.
Em breve, neste blogue, a descrição destes versos de Cânticos da Quaresma...