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19 março 2024

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Festa dos Passos

19 março 2024 0 Comentários
DIA DE SÃO JOSÉ. A MAIOR PROCISSÃO ANUAL DENTRO DE MONTALVÃO. ENTÃO QUANDO COINCIDIA COM UM SÁBADO OU DOMINGO ERA ESPLENDOROSA.


 
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10 março 2024

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Eleição 2024: Montalvão Com 184 Votantes

10 março 2024 0 Comentários

 EM 288 ELEITORES INSCRITOS.



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09 março 2024

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Montalvão Vai a Votos

09 março 2024 0 Comentários

 TAL COMO EM TODO O PAÍS E NA DIÁSPORA PORTUGUESA.



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08 março 2024

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Nisa: Concelho Rosa

08 março 2024 0 Comentários

QUE PERTENCE AO CÍRCULO ELEITORAL - EM 20 (EXCLUÍDO OS DOIS DA EMIGRAÇÃO) - COM MENOS DEPUTADOS ELEITOS.


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07 março 2024

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Portalegre: o Círculo dos Dois Deputados

07 março 2024 0 Comentários

 É O CÍRCULO ELEITORAL - EM 20 (EXCLUÍDO OS DOIS DA EMIGRAÇÃO) - COM MENOS DEPUTADOS ELEITOS.


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06 março 2024

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Ciclos Eleitorais 2022

06 março 2024 0 Comentários

A XV LEGISLATURA TEVE, APENAS DOIS ANOS *, POIS DUROU ENTRE 2022 E 2024.



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03 março 2024

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Feira dos Passos

03 março 2024 0 Comentários

A FEIRA DE PRIMAVERA NO TERCEIRO DOMINGO DA QUARESMA.



Uma "Feira Anual" que pode realizar-se entre 22 de fevereiro (se a Páscoa for a 22 de março e o Entrudo a 3 de fevereiro, o que é raríssimo) até 28 de março (se a Páscoa for a 25 de abril e o Entrudo a 9 de março).

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01 março 2024

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As Cem Avé-Marias

01 março 2024 0 Comentários
NA PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DE MARÇO COM O FOCO NA «SENHÔ-DRUMÉDES».



Todos os santos anos desde que se começava a poder entender o que se fazia ou dizia e conseguir caminhar, era hábito, para quem podia, ir em peregrinação, à graciosa capela de Nossa Senhora dos Remédios (senhô-drumédes, em montalvanês) rezar Cem Santas "Avé-Marias" sem as ofertar para que nos restantes dias do ano, perante uma qualquer aflição, pudessem invocar:«Valham-me As Cem Avés-Marias Que Eu Rezei Na Primeira Sexta-Feira de Março».


A Mais Bela de Todas as Belas Montalvanenses

Escola Primária
Com a institucionalização do Ensino Primário obrigatório o ritual manteve-se. Na manhã da primeira sexta-feira de Março, os rapazes e raparigas que frequentavam a escola primária tinham por ritual a Confissão Quaresmal a Jesus. Depois partiam em romagem para a ermida de Nossa Senhora dos Remédios, a Noroeste de Montalvão, cerca de dois/três quilómetros, conforme o caminho de baixo ou o de cima, onde rezavam cem Avés-Marias sem as oferecer para delas poderem usufruir nos restantes dias do ano perante uma aflição.



Gentios I
Quem pudesse - geralmente as mulheres que não andavam nas lides do campo ou homens que estivessem livres dos seus afazeres profissionais - nesse dia também se confessavam, acompanhando os estudantes, chegando a duas centenas, os montalvanenses que faziam a romagem. 

Gentios II
Aquelas pessoas que não podiam ir à ermida e tinham a devoção, cumpriam o ritual nas suas próprias casas ou propriedades rurais.



 Gentios III
Ainda hoje, mesmo entre os milhares de montalvanenses e seus descendentes, na sua diáspora mundial, cumprem a tradição, alguns a centenas até a milhares de quilómetros da Capital da Devoção Montalvanense, a ermida da «Senhô-Drumédes».



Eis Montalvão cuja origem remonta ao mais puro rito do Cristianismo Templário. As atividades humanas decorriam pontuadas pelas cerimónias do Divino  
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14 fevereiro 2024

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O Terço Cantado

14 fevereiro 2024 0 Comentários
MARCAVA O INÍCIO DA QUARESMA NESTA QUARTA FEIRA DE CINZAS.


Aos serões de todos os dias da semana, desde a Quarta feira de Cinzas (14 de fevereiro de 2024) até Quarta feira de Trevas (27 de março de 2024) esta já na semana entre o Domingo de Ramos e o Domingo de Páscoa, em duas ou três habitações particulares de Montalvão colocadas à disposição do Povo pelos respetivos donos, praticando-se a devoção do «Terço Cantado» durante toda a Quaresma. Com esta finalidade juntavam-se rapazes e raparigas, estas acompanhadas pelas mães ou por parentes próximos que aproveitavam as esperas fazendo trabalhos de rendas ou bordados.

«Terço Cantado» era regido por um homem a quem designavam como "o Mestre". Assim que todos estavam reunidos e preparados, o Mestre dava o sinal de início batendo com as mãos uma na outra e da mesma forma continuava durante os cânticos a marcar a cadência.

Iniciava-se o «Terço Cantado» entoando o «Bendito e Louvado»:

Bendito e Louvado seja o Santíssimo
Sacramento da Eucaristia
Fruto do Ventre Sagrado
Da Virgem Puríssima
Santa Maria

Depois do «Bendito e Louvado» seguiam-se as cinco dezenas do Terço do Rosário, todos os dias exceto às sextas-feiras, cantadas em música simples e andamento de marcha. Aos sábados acrescentava-se as «Excelências da Virgem».

Então por ordem cronológica, de sábado (com mais o que se descreveu), domingo a quinta-feira:

Padre-Nosso;
Salvé-Rainha;
Óh Meu Doce Jesus;
As Glórias da Virgem;
A Magnificat;
Senhora do Carmo;
Senhora da Lapa.





Nas sextas-feiras, os Padre-Nossos, Avé-Marias e Glórias eram substituídos por outro cântico: «Bendita e Louvada Seja/ A Sagrada Paixão do Amante Jesus».

A Quaresma era um tempo de luto em Montalvão. A povoação vivia esses quarenta dias com muita devoção e respeito. Certamente por ter origem em rituais ancestrais com ligação à Ordem do Templo, em finais do século XIII mas ainda vividos com intensidade em meados do século XX quando a freguesia atingiu o limiar dos três mil habitantes.



O tempo da Quaresma era, sem dúvida, o período mais prolongado das celebrações religiosas em Montalvão que culminavam numa Semana Santa inigualável em «Sentimento e Paixão». Atraia alguns habitantes, com maior devoção religiosa, de povoações vizinhas. Só o número de habitantes baixo - por isso pouco conhecido para lá dos limites do povoado - não permitiu fazer da Semana Santa montalvanense um acontecimento único em Portugal. Nem em Braga.

Em breve, neste blogue, a descrição destes versos de Cânticos da Quaresma...
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13 fevereiro 2024

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Intrudédas

13 fevereiro 2024 0 Comentários
ENTRE O FÚM...FAFÁFÚM, AS CARAS MASCARRADAS OU ENFARINHÉDAS E AS TRINQUETÂNÉDAS E CAQUEIRÉDAS HAVIA MAIS E MAIS.




O Carnaval montalvanense era variado, diversificado e avariado. Para trás já muito ficou, vamos ao que falta do que resta. Em 2025, será a 4 de março.

1. Entrudo mascarado
As mascarédas começavam em finais de Janeiro e tinham o seu auge no dia de Carnaval. Quase sempre, a coberto do anonimato que uma máscara consente, aproveitava-se o Entrudo para criticar determinada pessoa, situação, acontecimento ou apenas mascarar-se por divertimento e eram terceiros a ver subtileza em algo que não passava de inocência.   

2. Entrudo crítico
Com a cara mascarada ou escondida nas vestes e vestidos a propósito, havia quem procurasse imitar o modo de vestir, deslocar-se ou os tiques e atitudes de tal pessoa ou tal situação. Exagerava-se no gesto e na postura resultando uma caricatura. Evidenciava-se o lado ridículo e censurável, nem sempre com a prudência necessária, ultrapassando, por vezes, os limites do razoável. Como era Carnaval ninguém podia levar a mal, mas não quer dizer que ficasse esquecido. Em Montalvão o que era feito no Entrudo não ficava no Entrudo. Numa aldeia grande, mas mesmo assim pequeno agregado populacional muito concentrado, com casas exíguas, todos se conheciam - até pela sombra que deixavam ao Sol - por isso, todos dependiam uns dos outros, mesmo que pensassem que não. Mas nada impedia que, a coberto do anonimato, se criticasse o que não se tinha gostado desde o último Entrudo ou Entrudos. Com o declínio populacional depois da década de 40 tudo se aligeirou. Antes da iluminação elétrica as pessoas chocavam umas com as outras. No Entrudo tudo eram sombras. Mas quem se sentia criticado ou quem recebesse informação por intriga muitas vezes tomava por outros o que era feito por alguém! Mas havia sempre dúvida. E essa dúvida protegia os audazes. a chegada da iluminação pública trouxe também o início da debandada nos anos 50, 60 e assim sucessivamente. As pessoas passaram a viver mais "espaçadas" e o envelhecimento foi tomando conta da aldeia. O Carnaval deixou de ser o que era e passou a ser aligeirado. 

3. Entrudo brincalhão
Mas a maior parte dos foliões queriam era passar o tempo. Vestiam-se de velhos (o mais usual), de ciganos, de tudo um pouco, o que a imaginação conseguia e possibilitava, alguns de cara destapada ou tapada mas de modo a ser fácil identificar, para percorrerem as ruas e desfrutarem dos comentários, elogiosos ou verrinosos, à sua passagem. Queriam era aproveitar o dia para se divertirem. 

4. Aqui o escriba nunca gostou muito do Entrudo 
Mas lembra-se de, com cerca de 13/14 anos, se ter mascarado - entenda-se vestido de luto com xailes e lenços pretos - curvando-se, apoiado numa velha bengala e ter ido ouvindo, pelo Arrabalde acima até ao São Pedro, que era a velha tal (perdeu-se no tempo da memória o nome da tal "ilustre" montalvanense) ou que era uma miúda («catchópa», em montalvanês) que queria imitar a tal "velhinha". Ora, aquando do disfarce nunca este escriba pensou em tal pois nem sequer sabia quem era ainda que certamente a conhecesse, mas não pelo nome e não quis, de modo algum, mascarar-se para imitar alguém. Simplesmente "pegou" na roupa da avó e cá vai disto! E encurvou-se para não ser reconhecido, não por querer parecer a Tchá ... !  

5. Entrudo dançado
Nalgumas casas mais abastadas com salões e outras condições, como a de alguns lavradores («riques», em montalvanês) havia bailes noturnos. Não todos os dias ou todos os dias mas em casas diferentes. Não se misturando com os foliões de rua os «ricos» reservavam-se para a dança. Chegavam de máscara - como era hábito em algumas cidades europeias, mantendo-se em Veneza - que retiravam para espanto dos restantes que nem sempre adivinhavam quem era. Eram uns bailes de «ricos» à pobre como era norma em Montalvão. O acompanhamento musical era rudimentar - uma "gaita-de-beiços" (harmónica vocal) - mas por vezes nem isso. Dançava-se ao som de um adufe que a rapariga mais afinada se encarregava de vocalizar umas melodias alegres próprias do Carnaval que a seguir chegava o tempo do recolhimento e tristeza, a "Quaresma".
A preparação destes bailes começava muito antes com os «criados dos ricos» a confecionarem iguarias com base em carnes frias (essencialmente enchidos e mesmo algum animal de pequeno porte - cabra ou ovelha - embora fosse raridade) e doces tradicionais. Isto para os convivas irem petiscando durante a noite e madrugada entre as danças. Mesmo assim com acompanhamento musical tão rudimentar, o mito é que se dançava até de madrugada "polcas, mazurcas, valsas e chotices". Como poucos viram, de facto, mas muitos ouviram dizer (mais pela "criadagem"), talvez tudo não passe de lenda. 



E a seguir vem a Quaresma...
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