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12 janeiro 2025

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Barragem de Cedilho: Memorial (1969 - 2025)

12 janeiro 2025 0 Comentários

HÁ 56 ANOS A PRIMEIRA GRANDE TRAGÉDIA NA CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM DE CEDILHO.




Sete trabalhadores portugueses morreram depois de uma ação mal calculada num dia de cheia no rio Tejo, em 12 de janeiro de 1969. Há 56 anos.

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Feira de Inverno

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AO FINAL DE SÁBADO COMEÇAVAM OS PREPARATIVOS PARA A FEIRA DE JANEIRO REALIZADA NO SEGUNDO DOMINGO DO PRIMEIRO MÊS DO ANO.




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06 janeiro 2025

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Dia de Reis

06 janeiro 2025 0 Comentários
CELEBRAR BALTAZAR, GASPAR E MELCHIOR.

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01 janeiro 2025

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Boas Festas

01 janeiro 2025 0 Comentários
COM BOCHECHADAS DE ÁGUA E PUNHADOS DE FARINHA.



Ao final da tarde de 31 de dezembro começavam os preparativos para uma atividade, meio ritual, meio saudação que era breve. Demorava mais tempo a preparar que a efetuar. 

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25 dezembro 2024

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Natal

25 dezembro 2024 0 Comentários
A SEMANA SANTA ERA A MANIFESTAÇÃO RELIGIOSA COM MAIS SIGNIFICADO EM MONTALVÃO. TRISTE E SENTIDA


O NATAL ERA A PRINCIPAL FESTA RELIGIOSA. ALEGRE E SOLIDÁRIA. MAS NÃO ERA A PRINCIPAL EM TERMOS SOCIAIS DEVIDO À POBREZA ENDÉMICA. ESTA ESTAVA RESERVADA PARA 8 DE SETEMBRO. EFUSIVA E EXPANSIVA.



Os primeiros preparativos para o Natal, se assim se pode dizer, era ir aos campos, em meados de setembro, onde havia barrancos e ribeiras e apanhar os gamões para secarem e estarem aptos para arderem na noite de 24 para 25 de dezembro.


Gamão/«Gamã»

Na Igreja Matriz, geralmente junto à pia batismal, fazia-se o Presépio, depois do 8 de dezembro (assinalar das festividades de Nossa Senhora da Conceição), com musgo recolhido nas paredes e muros antigos, nos arredores de Montalvão a que se juntavam as habituais figuras em barro bem atapetadas pelo musgo viçoso da aldeia. Eram estas as duas primeiras atividades, uma popular - apanhar gamões para secarem - e outra religiosa - fazer o presépio na Igreja. Nas casas dos Lavradores ( «Riques» em montalvanês) ouvia-se dizer que faziam grandes presépios mas poucos os viam na realidade. Alguns seriam mais lenda que verdade.



Em 24 de dezembro, após o dia de trabalho, começavam os preparativos para a noite e jantado o feijão com couves feito ao costumeiro lume de madeira a arder (lareira) havia uma divisão de rituais: homens para um lado, rapazes na rua e mães com as filhas na cozinha à lareira («Lume» em montalvanês).




Entravam em ação os rapazes
Iam buscar a «urra» (que não se deteriorando passava de uns anos para os outros) e davam os últimos retoques nas «fatchas» de gamão seco que eram efémeras para durar uns minutos.





A «urra» era feita com uma panela de barro tendo a tapá-la pela boca uma pele de cabra retesada e no centro um gamão a furá-la com uma haste exterior de tamanho suficiente para ser manuseada. 



As «fatchas» eram molhos de gamões (cerca de vinte) atados com correias de trovisco. Colhiam-se os gamões (no final do Verão), dobravam-se as extremidades para durarem mais tempo a arder, juntando-se em molho atado pela casca do trovisco. 


Trovisco/«Trovisque»

Correndo as ruas uns faziam soar a «urra» e outros faziam archotes das «fatchas». Estas acendiam-se e muitas vezes já a esmorecer faziam acender outras fachas. Podiam arder em archote mais de cem fachas nessa noite de 24 de dezembro. Havia até uma espécie de concurso para ver qual era a mais espessa e comprima. Essa já era um «fatchõe». A «urra» estava segura debaixo do braço esquerdo e abarcada por este, deslizando a mão direita pelo gamão encerado, ressoando a panela em urros que se ouviam ao longe. Fachas a arder e a panela a urrar num monte que dominava uma peneplanície de quilómetros fazia da noite de 24 de dezembro uma manifestação de luz e som avistadas e ouvidas a quilómetros de distância.  




Em casa, mães e filhas, colocavam o café ao "lume" 
Enquanto faziam filhós, coscorões, argolas, azevias e borrachões. Era frequente os mais pobres baterem às portas dos remediados a pedir "maia-lata de azeite" (um-quarto-de-litro) para fazerem meia dúzia de filhós.


Filhós em Montalvão; Coscorões no resto do Mundo


Pelas ruas enquanto os rapazes encenavam fogo e som, os homens cantavam em portanhol/espanholês
Com rapazes a percorrer as ruas roncando a «urra» e queimando as «fachas», os homens em grupo, alinhados a toda a largura delas, cantavam entre outras, num espanhol aportuguesado, uma canção à capela renegando tudo o que fosse material, consagrando-se ao Cristianismo, com ele dormindo, nele pensando e Jesus Cristo honrando:

Abre-me a puerta
Cerra la ventana
Esta noche-buena
Vou dormir à tua cama

Abre-me ta puerta
Cerra te postigo
Esta noche-buena
Vou dormir contigo

Não quero más bola
Não quero más novilhos
Que estan mui caros
Los campanilhos
Los campanilhos

Além naquele cerro
Fazem lume os pastores
Aonde nasceu el niño
Entre las flores




Entretanto tocava o sino na Igreja Matriz
E todos se dirigiam para o interior da igreja. No final da «Missa do Galo» regressavam a casa para cear as iguarias na cozinha. Os pais deitavam passas, rebuçados e amêndoas ao ar, entre outras pequenas iguarias, dizendo que eram ofertas do «Menino Jesus» como que caindo do telhado da cozinha.



Jantar dos "quintos" («quintes»)
Como o Natal era para todos, numa espécie de "ritual de passagem" entre a infância e a idade adulta, os rapazes que já não tinham idade para andar a correr com as fachas a arder em archote, mas ainda não estavam casados e principalmente não tinham filhos, alugavam ou pediam emprestado uma casa vaga ou um palheiro próximo da localidade e formavam grupos por ano de nascimento, para fazerem o «jantar dos quintes» que se prolongava noite dentro. Nos Anos 40 e 50 (ainda Montalvão tinha grande pujança demográfica) os dois mais concorridos eram os das "sortes" (Inspeção Militar) ocorrida naquele ano - a Inspeção Militar era aos 19 anos, em Nisa, no tempo em que a maioridade era aos 21 anos, até 1974 - e os nascidos no ano seguinte, que iriam "tirar sortes" no ano após esse Natal, ou seja, que tinham 18 anos. Mas também havia jantares para os dos 17 anos, até 16, tal como para os de 20 e assim sucessivamente, embora estes fossem cada vez menos devido aos casamentos e principalmente ao nascimento dos filhos. Embora houvesse, sempre, quem conseguisse dar uma escapadela dos "compromissos familiares" e por lá passasse nem que fosse para petiscar e bebericar. 



Com muita sorte havia "sapatinho"
Colocado ao final da noite de 24 de dezembro junto à chaminé, na manhã do dia seguinte, 25 de dezembro, raras vezes mas por vezes acontecia, havia uma peça de roupa interior junto do sapato deixado à beira da chaminé ou até no outro sapatinho que ficava junto à cama.




Logo de manhã
No dia 25 de dezembro, na Missa matinal, beijava-se a figura do "Menino" que seria o reconhecimento ao nascimento de Jesus e... recomeçava mais um ciclo de vida até ao Natal seguinte. Outro ano.




Para algumas das mais belas pinturas da Natividade (clicar)



Natal sempre inspirador e tempo de renovação.


O Natal - 25 de dezembro - é pouco depois do Solstício de Inverno - 09:20 horas em 21 de dezembro de 2024 - que foi a noite mais longa do ano passando a partir dessa data a aumentar a parte diurna do dia até ao Solstício de Verão - 02:43 horas em 21 de junho de 2025 - quando ocorre a noite mais curta do ano. 


Eis Montalvão, cuja origem remonta ao mais puro rito do Cristianismo Templário. 


As atividades humanas decorriam pontuadas pelas cerimónias do Divino





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15 dezembro 2024

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Santo e Feliz Natal em Época de Boas Festas

15 dezembro 2024 0 Comentários

EM MONTALVÃO NUNCA FOI FÁCIL USAR BARRO PEDRADO DE NISA.



Era caro e podia partir-se com uso frequente.

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08 dezembro 2024

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Imaculada Conceição de Nossa Senhora

08 dezembro 2024 0 Comentários
CELEBRADA EM MONTALVÃO DURANTE MUITO TEMPO COMO UM DIA TAMBÉM CONSAGRADO ÀS MÃES.



O dia 8 de dezembro celebra a conceção da mãe de Jesus Cristo, ou seja, a sua origem no ventre da mãe de Maria, que como se sabe se chamava Ana,  Sant'Ana. O dia 8 de dezembro foi escolhido por ser nove meses antes de 8 de setembro do ano seguinte, considerado a data da natividade de Maria. 



No Cristianismo, o dia é celebrado desde o século VII (antes de existir povoamento contínuo em Montalvão). Depois foi institucionalizado no calendário litúrgico, pelo Papa Sisto IV, em 28 de fevereiro de 1477.



 
Em 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX define o dogma da origem "Imaculada" e assim ficaria em definitivo para a Cristandade adquirido uma importância enorme. Apenas "ofuscada" com as Aparições e a criação da imagem e culto a Nossa Senhora de Fátima, depois do 13 de maio de 1917. 


Este dia adquiriu uma outra dimensão e significado quando o Rei de Portugal, Dom João IV, em 25 de março de 1646, proclamou solenemente que «Nossa Senhora da Conceição» seria Rainha e Padroeira de Portugal. 



Quando Montalvão vivia isolado, antes da divulgação do culto mariano com enfoque em Maio, devido às Aparições de Fátima, e depois a institucionalização mundial ou quase do «Dia das Mães» como data com tendência para ser unificada - em Portugal é comemorado no primeiro domingo de Maio - podia considerar-se o 8 de dezembro como o «Dia da Mãe Montalvanense». Em Montalvão e um pouco por todo o Portugal.



Em Montalvão, o dia começava na Igreja Matriz com a Missa tendo, já no século XIX, incluída a oração solene do dia havendo depois sermão do púlpito.



A «Procissão de Nossa Senhora» seguia o roteiro habitual com a solenidade comum - e que um dia será descrito no blogue num texto exclusivo - por ser digna de tal pelo impacte de grandiosidade e solenidade que tinham as procissões em Montalvão. Quando ao roteiro: saída da Igreja Matriz, descer a rua da Barca até ao «Fundo da Rua», virar à esquerda para subir a rua da Costa. Ao cimo desta, virar para a direita pela rua Direita até à continuação desta pela rua do Cabo. Ao chegar ao início da Corredoura, virar à esquerda pelo início da azinhaga de São Pedro junto à Corredoura, em direção ao «Adro do São Pedro». Seguia pela rua São Pedro continuando rua do Arneiro abaixo, depois virando à esquerda pela rua do Arrabalde. Subia esta e terminava na Igreja Matriz. 



A oração deste dia rezada durante a missa dominical. 

Virgem Santíssima,
que foste concebida sem pecado
e por isso mereceste o título
de Nossa Senhora da Imaculada Conceição;


Evitaste todos os outros pecados,
e por isso o Anjo Gabriel chamou-te
“Avé Maria, cheia de graça"!


Peço-te que me alcances o auxílio
do teu divino Filho
para vencer as tentações e evitar os pecados.
E já que te chamo Mãe,
atende-me com carinho maternal esta graça (dizer o pedido);
para que possa viver como digno filho teu.


Nossa Senhora da Conceição, rogai por nós.


Amen




A música do mestre:





Não havia por hábito, em Montalvão, queimar um majestoso tronco de madeira, de 7 para 8 de dezembro, o «Madeiro de Nossa Senhora», geralmente oferecido por um dos Lavradores ("riques" em montalvanês) que se iam revezando anualmente, o que era muito vulgar em inúmeras localidades de Portugal. Esses também são mistérios montalvanenses. 















As excepções que parecem fazer, muitas vezes, de uma aldeia como Montalvão caso único em Portugal. Porque seria? Talvez os fundadores da localidade, para lá de meados do século XIII considerassem tal um rito pagão. E é! Adorar toda a noite e madrugada um madeiro incandescente. Depois perdeu foi significado como tal!


«As Mães das Mães». Uma das mais belas, em significado, composição, expressão e enquadramento de três gerações: Sant'Ana, Maria e Jesus. Obra pintada em 1424/1425 pelo mestre Masolino (1383/1447) de Masaccio (1401/1428). Quando o discípulo Masaccio começava a superar o mestre... morreu, aos 27 anos! 

Eis Montalvão cuja origem remonta ao mais puro rito do Cristianismo Templário. As atividades humanas decorriam pontuadas pelas cerimónias do Divino

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01 dezembro 2024

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Finalmente... Água Canalizada 60

01 dezembro 2024 0 Comentários

 O ABASTECIMENTO DE ÁGUA CANALIZADA, EM MONTALVÃO, FOI UMA ODISSEIA QUE MERECE SER CONTADA.



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29 novembro 2024

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Festa de Santo André

29 novembro 2024 0 Comentários

A 30 DE NOVEMBRO, OS HABITANTES DO MONTE DE SANTO ANDRÉ ASSINALAVAM O SEU SANTO PADROEIRO. AS FESTIVIDADES INICIAVAM-SE COM O PÔR DO SOL, A 29 DE NOVEMBRO, POR VOLTA DAS 17 HORAS.


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02 novembro 2024

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Dia de Finados

02 novembro 2024 0 Comentários
DIA DEDICADO AOS ENTES QUERIDOS QUE FORAM PARTINDO DA VIDA TERRENA.




Os montalvanses rumavam ao cemitério visitando as sepulturas - campas ou jazigos - havendo a celebração, no local, de uma das três habituais missas diárias.



O sino na Igreja da Misericórdia tocava um som bem conhecido e único «a dobrar a finados» durante nove dias, entre 2 de novembro (Dia de Finados) e dez de novembro (Dia dedicado ao Papa Leão Magno).




O «Cemitério Novo» foi benzido em 1 de novembro de 1951, passaram ontem 68 anos, recebendo o primeiro funeral em 28 de janeiro de 1952, um "anjinho" (criança de mês e meio) nascida no Santo André. Entretanto tinham passado as ossadas do «Cemitério Velho» para o novo. O «Cemitério Velho» (Castelo) foi a alternativa encontrada depois do decreto lei (21 de setembro de 1835) que proibiu as sepulturas dentro das igrejas e nos adros adjacentes obrigando a criar cemitérios públicos murados. O último funeral para o «Cemitério Velho» ocorreu em 28 de outubro de 1951, a poucos dias da inauguração oficial (1.º de novembro) do «Novo». Neste, o primeiro adulto a ser sepultado, em 2 de abril de 1952, foi o senhor Valeriano, com 50 anos, que vivendo na rua da Barca faleceu de acidente nas escadas da taberna do Ti Zé Leandro, na rua de São Pedro. Um dia nefasto pois andava a trabalhar à jorna e com as chuvadas fortes nessa Primavera estava à espera de melhores condições para poder atravessar o rio Tejo estando destinado a trabalhar na Beira Baixa. Uma tragédia.



Aquando da renovação (praticamente uma reconstrução no interior) da Igreja Matriz (entre finais de 1967 e o ano de 1968) ainda foram retiradas ossadas debaixo das tábuas que foram substituídas por tijoleiras. 

Os montalvanenses começaram por ser sepultados no chão térreo da Igreja, começando com D. Vasco Fernandes e seus acompanhantes, depois outras gentes ilustres com a população a ser enterrada no Adro em torno da Igreja. Mas com a proibição dessa prática optou-se, de forma provisória, por utilizar um espaço próximo que não era utilizado, o chão do «castelo» que estava protegido pelo muro da cerca à sua volta. Seguiu-se a solução definitiva para o ritual que marca definitivamente a vida dos montalvanenses. A sepultura no «Cemitério Novo»  

Três locais - quatro se o chão da Igreja for individualizado do Adro - em 700 anos de vida e mortes. Um número considerável de montalvanenses estão sepultados ou foram cremados bem longe de Montalvão.



Que todos os montalvanenses, mais de meio milhão, em sete séculos, entretanto falecidos, Descansem Em Paz. Homenagem deste blogue a TODOS, desde a fundação de Montalvão até ao último montalvanense falecido, seja em que parte do Mundo tiver ocorrido, numa singela "oferta", em forma de flores aqui colocadas:



PNAM

Eis Montalvão cuja origem remonta ao mais puro rito do Cristianismo Templário. As atividades humanas decorriam pontuadas pelas cerimónias do Divino    
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