MONTALVÃO TINHA DIMENSÃO SUFICIENTE PARA ALBERGAR VÁRIOS OFÍCIOS.
Dimensão e necessidade pois a freguesia esteve com cerca de três mil habitantes em meados dos Anos 40 quando atingiu a sua maior capacidade demográfica.
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20 março 2021 | 0 Comentários | | 00:00 |
MONTALVÃO TINHA DIMENSÃO SUFICIENTE PARA ALBERGAR VÁRIOS OFÍCIOS.
Dimensão e necessidade pois a freguesia esteve com cerca de três mil habitantes em meados dos Anos 40 quando atingiu a sua maior capacidade demográfica.
13 março 2021 | 2 Comentários | | 00:00 |
UMA ATIVIDADE IMPORTANTE DURANTE SÉCULOS QUE TERMINOU NO INÍCIO DO SÉCULO XX.
Terminou, ou foi acabando, com a construção das estradas, em macadame - depois alcatrão - entre Nisa e Montalvão e entre Castelo de Vide e Montalvão, por Póvoa e Meadas.
08 março 2021 | 4 Comentários | | 00:00 |
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A descrição do casario e arruamentos de Montalvão, em 1803, pelo oficial português, José Maria das Neves Costa |
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A rua do Arnêre (oficialmente 5 de outubro) vista de Leste para Oeste |
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A rua do Outêre, entre a Praça (da República) e a Igreja Matriz, hoje Largo, outrora Rua, devido ao enorme lajeado que tinha à entrada |
27 fevereiro 2021 | 1 Comentários | | 00:00 |
CHEGOU O MOMENTO EM QUE O TERRITÓRIO ONDE ESTÁ MONTALVÃO ENTRA NUMA NOVA FASE DA SUA EXISTÊNCIA.
Antes de se formar uma povoação - geralmente organizada à volta de uma Igreja - há que ir definindo "administrativamente" o território que lhe vai servir de sustentação. Depois para surgir uma povoação é necessário que esta esteja devidamente organizada, com funções e capacidade de implantar-se, crescendo de uma forma sustentada, sem depender de outras, embora haja sempre alguma complementaridade entre aglomerados populacionais próximos. Uma povoação não é um conjunto de casas. É um espaço habitado coerente, agregado e capaz de oferecer condições de vida a quem nele habita. O território montalvanense não é exceção e nem é necessário recuar até à Pré-História. Seria um romance romântico mas cheio de lacunas com milhares de anos.
Recuemos, até 5 de julho de 1199, com a doação da "Herdade da Açafa" à Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (Templários), como já se escreveu neste blogue (clicar) (clicar). Depois durante cem anos, até que crescesse à volta de uma Igreja que com o tempo, cresceria e seria Matriz, o território foi-se organizando, primeiro pacificado pelos Templários, depois cobiçado pelo Bispado da Guarda entrando em conflito com a Ordem do Templo que se recusa a ceder o que restava da «Herdade da Açafa" a sul do rio Tejo, tendo como consequência ser excomungado, em 1242 (clicar). A Ordem do Templo continua a resistir, em 1248 (clicar). Sentindo o perigo do Poder do Bispo da Guarda face a perda de importância das Ordens Religiosas, os Templários procuram a proteção do Bispado de Évora, em abril de 1250 (clicar). Com a Ordem do Templo incapaz de assegurar a manutenção do que restava da "Açafa" e em resultado da resolução de um conflito de delimitação de influências/fronteiras, em 22 de março de 1260, a Diocese de Évora entrega o território à Diocese da Guarda. Estava consumado o que o influente Bispado da Guarda exigia há 12 anos, desde 1248.
A Ordem dos Templários colocada de lado nas negociações não reconhece, em 1260, o direito da Diocese da Guarda na jurisdição do seu espaço a sul do rio Tejo, mas também já tinha o território sob excomunhão desde 1248. Em 1260, deixa é de ter a "proteção" do Bispado de Évora, acordada em 1250. Mas só, em 1287, a Ordem do Templo reconhecerá que o território terá a jurisdição da Diocese da Guarda. Os «Cavaleiros Templários» cediam face ao Poder. Os Bispados sobrepunham-se, definitivamente, às Ordens Religiosas. O Clero organizaria, administrativamente, o que os «monges-guerreiros» haviam conquistado, aos Sarracenos/Maometanos (muçulmanos), de Norte para Sul, ao longo de quase um século.
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A expansão da Diocese de Évora depois de estabelecida em resultado da Reconquista do território ocupado pelos Almóadas |
Durante anos, a Diocese da Guarda e a de Évora mantiveram um conflito na delimitação da fronteira entre os dois bispados. Évora queria que fosse o rio Tejo a delimitar a fronteira por ser uma "barreira natural" mas a Guarda mantinha que o território de Nisa, Montalvão e Alpalhão eram seus. Os bispos das duas Dioceses chegaram a delegar a "terceiros" - ao chantre de Lisboa e ao arcediago da Covilhã - plenos poderes para estudarem, julgarem e decidirem acerca da questão. Esta arrastou-se sem que houvesse decisão, embora se saiba de algumas reuniões, até numa em Portalegre. Finalmente os dois Bispados decidiram por fim à contenda. Não entregaram a questão a ninguém, decidindo reunir-se. D. Rodrigues Fernandes, bispo da Guarda e D. Martinho, bispo de Évora, com os respetivos representantes dos dois Cabidos, Martim Pedro, pela Guarda e Lourenço Pais, por Évora, deram plenos poderes a Pero Martins, deão da Guarda e Paio Pais, deão de Évora, para estudarem a questão e apresentarem uma solução justa. Os comissionados receberam esta incumbência em 9 de março, reuniram-se e a 22 do mesmo mês, na granja da Torrejana (pensa-se que numa herdade da atual freguesia de Galveias, pertencente à Ordem de Avis) os dois prelados, os árbitros e os deputados de ambos os cabidos assinavam um acordo complexo (cuja composição em Latim) será colocada no final do texto de hoje, bem como a tradução do excerto generoso que envolve Montalvão, ainda que difícil pela linguagem dos tabeliões da época. O texto está todo traduzido mas é demasiado longo para ser colocado num blogue. Até porque há tantos pormenores que são mais porMaiores. No mais importante:
- A diocese da Guarda recebeu os termos de Nisa, Montalvão, Alpalhão, Castelo de Vide, Marvão, Portalegre, Alegrete, Coudosera e Albuquerque (estes dois lugares atualmente em Espanha), com os castelos, pertenças e lugares intermédios;
- A diocese de Évora manteve Elvas, Arronches, Monforte, Assumar, Alter do Chão, Crato, Arez e Amieira (do Tejo), os seus termos, castelos, pertenças e lugares intermédios.
O território de Montalvão passou definitivamente para a jurisdição do Bispado da Guarda.
Até 16 de abril de 1287 - quando a Ordem do Templo faz o acordo de cedência face à Diocese da Guarda - distam 27 anos em que muitos acontecimentos condicionaram o povoamento do território levando a que surgisse, com a pujança que lhe garantiria a continuidade durante séculos, uma das povoações mais imponentes do Norte Alentejano tendo em conta a realidade do povoamento no século XIV (1301 a 1400).
O próximo ou próximos acontecimentos vão fazer parar este blogue em 1261, nascimento do futuro Rei Dom Dinis, em Lisboa, e de Dom Vasco Fernandes de Távora, em Santarém (data e local provável) cidade de que foi comendador entre 1288 e 1293. Até 1287 - quase cem anos depois da entrega da Açafa e organização de Montalvão - muito há para dizer.
NOTA: Apesar de ter todo o acordo traduzido para português tendo por optar, entre o texto em latim e a tradução, a decisão é publicar o texto "original" (embora em tipografia, mas existe o manuscrito):
(clicar em cima desta e de quase todas as imagens permite melhor visualização das mesmas)
18 fevereiro 2021 | 0 Comentários | | 00:00 |
25 janeiro 2021 | 0 Comentários | | 16:55 |
HOUVE DEZENAS DE SACRISTÕES EM SETE SÉCULOS MONTALVANENSES.
24 janeiro 2021 | 0 Comentários | | 20:34 |
EM 303 ELEITORES INSCRITOS.
Estão apurados no Ministério da Administração Interna os resultados eleitorais dos montalvanenses (clicar).
Eleições Presidenciais 2021 em Montalvão
Em 303 eleitores, votaram 138 montalvanenses e salavessenses (45,54 por cento). A abstenção foi de 54,46 por cento (165 pessoas). Os votos válidos foram 131 pois sete votos - 3 em branco e 4 nulos - não são contabilizados em Eleições Presidenciais.
Marcelo Rebelo de Sousa venceu com 71 votos correspondentes a 54.20 por cento. João Ferreira teve menos 52 votos, com 14.50 por cento (19 votos). André Ventura registou o terceiro lugar, com 15 votos (11.45 por cento). Menos 56 votos que Marcelo Rebelo da Silva e menos quatro votos que João Ferreira. Ana Gomes obteve o quarto lugar com 14 votos (10.69 por cento). Em quinto lugar, Tiago Mayan, com cinco votos (3,82 por cento). Vitorino Silva obteve quatro votos (3,05 por cento) e Marisa Matias teve três eleitores (2,29 por cento).
Comparativo 2021/2016
A desertificação na freguesia é avassaladora. Em cinco anos, os inscritos diminuíram 17 por cento, ou seja, menos 61 eleitores (de 364 para 303). Marcelo Rebelo de Sousa obteve mais 12 votos (de 59 para 71) com menos votantes. Mais 19,29 por cento, entre 2016 e 2021. Vitorino Silva obteve menos seis votos (de 10 para 4 votantes). Marisa Matias diminuiu dez votos (de 13 para 3 votos). João Ferreira obteve mais seis votos que Edgar Silva (de 13 para 19 votantes) numa menor afluência ao ato eleitoral. Foram os candidatos apoiados pelo PCP/PEV (Partido Comunista Português e Partido Ecologista "Os Verdes") respetivamente, em 2021 e 2016. Os restantes não permitem comparações.