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25 janeiro 2021

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Os Sacristões

25 janeiro 2021 0 Comentários

HOUVE DEZENAS DE SACRISTÕES EM SETE SÉCULOS MONTALVANENSES.




No auge demográfico e social de Montalvão no século XX (Anos 40 e 50), houve o Senhor João Varão. 
Num território com organização com origem na Ordem do Templo e nos ritos do Cristianismo sempre foram eles a pontuar o ritmo da vida dos montalvanenses e prolongaram-se no tempo. Se era assim em qualquer paróquia então em Montalvão tudo era exemplarmente consagrado e extrema devoção com a Igreja Matriz como centro da vida dos seus habitantes.

(clicar em cima desta e de quase todas as imagens permite melhor visualização das mesmas)


Prédio onde viveu o sacristão "Senhor João Varão"

O Senhor João Varão, a viver na rua do Adro, foi o sacristão que nos Anos 40 e 50 contribuiu para auxiliar os párocos que viviam na rua da Barca, acompanhando-os quando necessário, nas tarefas religiosas que eram frequentes, exigentes e com rituais escrupulosamente cumpridos.  



Competia-lhe ter tudo em ordem, particularmente, cuidar da magnífica Igreja Matriz, a qual tratava com esmero num tempo em que tinha praticamente as portas abertas 24 horas por dia, 365 dias no ano, com missas de manhã e à noite. 


Cuidava dos paramentos litúrgicos bem como de todas as componentes dos rituais católicos para que não houvesse descuido que seria sempre desleixo e negligência inaceitável num cerimonial que se queria evocativo do Sagrado.


A Igreja Matriz era o centro de toda uma vida. Por onde passava a vida de cada um e de todos. Ali se batizava, comungava, orava, respeitava, casava e se fazia o velório depois de falecer. Dela saia o funeral rumo ao cemitério. Mas as suas tarefas iam muito para lá disso.



Sempre rigorosamente vestido, sabia manejar os sinos da torre norte (a sul é secular) fazendo deles a fonte de informação para até onde o som chegasse levado pelo vento agreste ou pela calmaria abafada pelo calor da secura do Verão montalvanense.


Dominava uma panóplia de toques que significavam o sentimento que se pretendia desde o: 

Recolhimento para as missas: matinas, trindades, ...

Alegria: nascimentos, batizados e casamentos;

Pesar: falecimentos, velório e funerais;

Alerta: grassava um grande fogo no território.


Próxima "paragem": Os Espingardeiros
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