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25 setembro 2020

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Montalvão em Portalegre (Parte II)

25 setembro 2020 0 Comentários
A REPRESENTAÇÃO DA CASA DO POVO DE MONTALVÃO EM DESTAQUE HÁ 76 ANOS.



Em Elvas, no dia 25 de setembro de 1944, há precisamente 76 anos, encerrou a «Exposição da Vida Corporativa do Distrito de Portalegre» que tivera a sessão inaugural, em 5 de junho de 1944, com evocação neste blogue (clicar).


A exposição decorreu, em Portalegre, entre 5 de junho e 2 de julho no edifício do antigo Colégio de São Sebastião da Companhia de Jesus onde se instalou a Real Fábrica de Lanifícios de Portalegre. Numa segunda fase, em Elvas, esteve patente ao público, entre 17 e 25 de setembro. Em Portalegre e Elvas as três tecedeiras de linho de Montalvão foram noticia da Imprensa (Nacional e Regional) bem como do agrado do público que visitou a exposição, quer em Portalegre, quer em Elvas. 

Teve grande sucesso, em Portalegre e Elvas, a recreação de um quadro vivo do ciclo de cultura do linho com fiação e tecelagem a cargo de três mulheres montalvanenses: avó, filha e neta. A avó fiava, a filha dobava (enchia as canelas) e a neta tecia, num pequeno tear manual

 
O evento encerrou com um «Serão Alentejano» no Cine-Teatro Parque, em Elvas. E quem abriu este sarau etnográfico do distrito de Portalegre? Precisamente o grupo folclórico da Casa do Povo de Montalvão, com danças de dois e quatro pares, acompanhadas de concertina. Exibiram-se com «Fandango», «Verde-Gaio» e «Lari-Clá-Clá» tendo grande destaque como fez referência a imprensa local.    



Notável! O grupo folclórico com as «Contradanças» exibiu-se em Elvas depois de ter estado na abertura em Portalegre.



Em homenagem a um montalvanense (António José Belo, Ti Zézana) que soube ser bom naquilo que se propôs fazer eis o destaque de duas críticas da época ao seu trabalho e desempenho do grupo de montalvanenses:




Pelas notícias dos jornais passados dois anos da autorização para organizar a «Casa do Povo de Montalvão», havia dinheiro para comprar a «Horta da Ramalhoa», na rua de São Pedro, esperando-se apoio corporativo para erguer o novo edifício deixando as instalações provisórias. Primeiro na rua Direita e depois na rua do Outeiro.







A culminar esta iniciativa corporativa foi editado um catálogo no qual Montalvão tem destaque. Três referências para não ser exaustivo.



E assim se ia fazendo Montalvão...

NOTA PESSOAL: Já foi há uns bons anos mas recordo como se fosse hoje. Nos microfilmes da Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa, enquanto procurava notícias acerca de um assunto completamente diferente (Futebol) deparo-me com estas notícias de Montalvão, em 25 de setembro, tal como as de 5 de junho. Para um montalvanense exilado em Lisboa foi uma emoção indescritível. Perceber que Montalvão, em 1944, foi notícia nacional pelas melhores razões!

NOTA FINAL (1): Recortes dos três jornais de maior circulação em Portugal, em 1944, a 26 de setembro: «O Século», «Diário de Notícias» e «Diário da Manhã».

(clicar sobre as imagens para obter melhor visualização)










NOTA FINAL (2): Recortes dos três jornais regionais, em 1944: «Jornal de Elvas», «A Voz Portalegrense» e «A Rabeca».

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