Manuel Godinho: a Viagem Inaudita

 HÁ 360 ANOS O MAIS ILUSTRE MONTALVANENSE ESTAVA A REALIZAR A VIAGEM QUE LHE PERMITIU ESCREVER O LIVRO QUE DARIA O "PASSE" PARA A IMORTALIDADE.

Há precisamente 360 anos, em 19 de abril de 1663, o Padre Manuel Godinho, chegava a Bagdade, vindo de Baçorá onde saíra a 9 de abril.

A célebre viagem secreta, entre 15 de dezembro de 1662 (Baçaim/Índia) e 25 de outubro de 1663 (Cascais/Portugal) de cuja primeira etapa - de Baçaim a Surrate (15 a 21/22 de dezembro de 1662) - já se escreveu (clicar) e da segunda - Surrate a Comorão (5 de fevereiro a 1 de março de 1663) - também (clicar). Tal como a terceira etapa entre Comorão/Congo da Pérsia e Baçorá, ou seja entre 5 de março/14 de março de 1663 e 29 de março de 1663 (clicar), sabendo-se que de barco navegou do porto do Congo da Pérsia em 14 de março de 1663 (clicar). 

Em 1665 publicaria o livro a relatar essa viagem que fez por uma rota improvisada visto a viagem ser secreta. Uma obra notável que teve várias edições. A penúltima em 1944 e a última em 1974. Espero que em 2025 (360 anos da publicação da 1.ª edição) seja publicada a 5.ª edição, depois de 1665, 1842, 1944 e 1974. Eis um exemplar digitalizado da 2.ª edição (clicar) ou nesta (clicar).

Baçorá

Em Baçorá esteve onze dias - chegou a 29 de março e saiu a 9 de abril - a preparar a viagem para Bagdade. Era necessário ter muito cuidado pois as viagens representavam um perigo iminente de ser morto. Era fundamental despistar possíveis ladrões, despistando-os, ou seja, indicando que o destino era outro tendo cuidado em que não o seguissem pois tornava-se perseguição.

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Após onze dias com inúmeras peripécias que ele conta com mestria ocupando todo o capítulo XIX chega a Bagdade. Ficará por lá dia e meio pois a missão não era "correr meio-mundo", mas sim, fazer chegar secretamente notícias da Índia Portuguesa até à corte em Lisboa. A viajar pelo vale fluvial do rio Eufrates, em 25 de abril de 1663 chegaria a outra grande cidade da Babilónia, Ana.

Até 25 de abril de 2023