HÁ 360 ANOS O MAIS ILUSTRE MONTALVANENSE REALIZOU A VIAGEM QUE LHE PERMITIU ESCREVER O LIVRO QUE DARIA O "PASSE" PARA A IMORTALIDADE.
Ou como escreveu Luís de Camões, a obra que da morte o libertaria.
A célebre viagem secreta, entre 15 de dezembro de 1662 (Baçaim/Índia) e 25 de outubro de 1663 (Cascais/Portugal) de cuja primeira etapa - de Baçaim a Surrate - já se escreveu (clicar).
A estadia em Surrate foi longa, cerca de 50 dias, à espera de ventos favoráveis para rumar a Oeste. Chegou em 21 ou 22 de dezembro de 1662 e partiu em 5 de fevereiro de 1663, há precisamente 360 anos.
Após ter aproveitado a longa estadia em Surrate para descrever os usos e costumes dessa localidade que prosperava, bem como as relações dos seus habitantes com os portugueses embarca rumo a Portugal, mas numa viagem longa haveria muito para contar.
O navio fez escala em Mascate que foi portuguesa entre julho de 1507 e 23 de janeiro de 1650, ou seja, há 13 anos que deixara de pertencer a Portugal quando o padre Manuel Godinho por lá passou.
Em Comorão, dominada um século (1514/1614) por Portugal, a nau "lançou ferro" (âncora) pelas duas da tarde de 1 de março de 1663, para Manuel Godinho ficar quase semana em Comorão permitindo-lhe visitar a saudosa (para os portugueses, Ormuz).
A riqueza das suas descrições, sem dilemas ou tabus, está no modo como os pormenores têm sempre justificação.
Até 14 de março de 2023
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