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09 março 2022

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A Carreira (Parte II: Setubalense)

09 março 2022 2 Comentários

EM MEADOS DA DÉCADA DE 50 ENTRA-SE NUMA NOVA ERA NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO A SERVIR MONTALVÃO.



Entre 8 de maio de 1939 e 16 de janeiro de 1957 foi a firma portalegrense «Empresa de Viação Murta» a ligar a localidade ao Mundo através de autocarros de passageiros  (clicar). Só que a morte do fundador (Luiz da Trindade Martins Murta, aos 73 anos, em 27 de janeiro de 1954) bem como do seu filho (Artur Pereira Martins Murta, aos 51 anos, em 25 de junho de 1956) num curto intervalo fez ceder os restantes sócios à pressão que João Cândido Belo exercia para dominar, ainda mais, todo o território no Alentejo. Os «Belos» iriam marcar o transporte de passageiros e encomendas até à nacionalização, após o 11 de março de 1975, com a criação da «Rodoviária Nacional» (1 de junho de 1976).




A capacidade da empresa de João Cândido Belo & Companhia permitiu, com o melhoramento das estradas, progressos importantes, traduzindo-se em 24 de junho de 1957 no desenvolvimento da carreira anterior, agora ligando Portalegre à margem esquerda do rio Tejo com comunicação por Barca à Linha da Beira Baixa. 




Sentido Portalegre - Margem Esquerda do Rio Tejo:




A camioneta pernoitava junto à margem do rio Tejo.


A ligação à estação de Envendos, na Linha da Beira Baixa, fazia-se pela Barca da Amieira.



Foram décadas de ligação e comunhão entre motoristas e população, de Montalvão e das restantes localidades.


Utilizando percursos cada vez mais rápidos.


O "circuito" passou a ser por Tolosa, Gafete, Alpalhão e Nisa, desdobrando a ida a Arez, quando houve melhoria do piso e dos autocarros.




Chegou mesmo a fazer a ligação ao Ramal de Cáceres em Vale do Peso.


A expansão da "Setubalense" por todo o Alentejo indo mesmo ao Ribatejo, Algarve e Beira Baixa permitia ligações com outras carreiras, como esta, iniciada em 1953 (8 de junho), por exemplo, que permitia chegar ao Ramal de Cáceres por Castelo de Vide (estação) e a Castelo Branco.


Os horários foram-se adaptando entre percursos de camionagem e linhas ferroviárias.


TER em Marvão-Beirã. O comboio diário entre Lisboa (Santa Apolónia) e Madrid (Chamartin) utilizado pelos montalvanenses durante décadas pois chegava a Vale do Peso ou Castelo de Vide a meio da manhã ou saía a meio da tarde. O Lusitânia-Expresso sendo noturno era demasiado tardio ou muito matutino, mas também se utilizava. Tal como automotoras.


Uma Era de ligação de Montalvão a Portalegre e ao comboio, na Linha da Beira Baixa ou no Ramal de Cáceres. Com os tejadilhos "atascados" de malas e encomendas.


Próxima Paragem: A «Cámneta» que "dormia" em Montalvão



Última Paragem: A RN - Rodoviária Nacional






2 comentários blogger
  1. Tenho andado entretido noutras navegações e correrias (genealógicas).
    Perdi estes "belos" autocarros !!!

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    1. Elas têm algumas paragens. É ter paciência, esperar e entrar.

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