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02 novembro 2024

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Dia de Finados

02 novembro 2024 0 Comentários
DIA DEDICADO AOS ENTE QUERIDOS QUE FORAM PARTINDO DA VIDA TERRENA.




Os montalvanses rumavam ao cemitério visitando as sepulturas - campas ou jazigos - havendo a celebração, no local, de uma das três habituais missas diárias.



O sino na Igreja da Misericórdia tocava um som bem conhecido e único «a dobrar a finados» durante nove dias, entre 2 de novembro (Dia de Finados) e dez de novembro (Dia dedicado ao Papa Leão Magno).




O «Cemitério Novo» foi benzido em 1 de novembro de 1951, passaram ontem 68 anos, recebendo o primeiro funeral em 28 de janeiro de 1952, um "anjinho" (criança de mês e meio) nascida no Santo André. Entretanto tinham passado as ossadas do «Cemitério Velho» para o novo. O «Cemitério Velho» (Castelo) foi a alternativa encontrada depois do decreto lei (21 de setembro de 1835) que proibiu as sepulturas dentro das igrejas e nos adros adjacentes obrigando a criar cemitérios públicos murados. O último funeral para o «Cemitério Velho» ocorreu em 28 de outubro de 1951, a poucos dias da inauguração oficial (1.º de novembro) do «Novo». Neste, o primeiro adulto a ser sepultado, em 2 de abril de 1952, foi o senhor Valeriano, com 50 anos, que vivendo na rua da Barca faleceu de acidente nas escadas da taberna do Ti Zé Leandro, na rua de São Pedro. Um dia nefasto pois andava a trabalhar à jorna e com as chuvadas fortes nessa Primavera estava à espera de melhores condições para poder atravessar o rio Tejo estando destinado a trabalhar na Beira Baixa. Uma tragédia.



Aquando da renovação (praticamente uma reconstrução no interior) da Igreja Matriz (entre finais de 1967 e o ano de 1968) ainda foram retiradas ossadas debaixo das tábuas que foram substituídas por tijoleiras. 

Os montalvanenses começaram por ser sepultados no chão térreo da Igreja, começando com D. Vasco Fernandes e seus acompanhantes, depois outras gentes ilustres com a população a ser enterrada no Adro em torno da Igreja. Mas com a proibição dessa prática optou-se, de forma provisória, por utilizar um espaço próximo que não era utilizado, o chão do «castelo» que estava protegido pelo muro da cerca à sua volta. Seguiu-se a solução definitiva para o ritual que marca definitivamente a vida dos montalvanenses. A sepultura no «Cemitério Novo»  

Três locais - quatro se o chão da Igreja for individualizado do Adro - em 700 anos de vida e mortes. Um número considerável de montalvanenses estão sepultados ou foram cremados bem longe de Montalvão.



Que todos os montalvanenses, mais de meio milhão, em sete séculos, entretanto falecidos, Descansem Em Paz. Homenagem deste blogue a TODOS, desde a fundação de Montalvão até ao último montalvanense falecido, seja em que parte do Mundo tiver ocorrido, numa singela "oferta", em forma de flores aqui colocadas:



PNAM

Eis Montalvão cuja origem remonta ao mais puro rito do Cristianismo Templário. As atividades humanas decorriam pontuadas pelas cerimónias do Divino    
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01 novembro 2024

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Dia dos Santos

01 novembro 2024 0 Comentários
CELEBRADO EM TODO O CRISTIANISMO COMO RECORDAÇÃO DOS MÁRTIRES CONHECIDOS E DESCONHECIDOS QUE SOFRERAM PARA IMPOR A RELIGIÃO CRISTÃ QUANDO TAL ERA PERIGOSO.



Milhares, em todo o Mundo, pagaram a sua Fé em Cristo sacrificando a própria vida, entre gentios de outras religiões maioritárias e intolerantes.


Esta homenagem instituída pelo papa Bonifácio IV (25 de setembro de 608 - 8 de maio de 615) realizava-se a 13 de maio, passando para 1 de novembro com o papa Gregório III (11 de fevereiro de 731 - 28 de novembro de 741). 


Foi durante o papado de Gregório IV (20 de dezembro de 827 - 25 de janeiro de 828) que a celebração de universalizou por todo o Mundo Cristão deixando de ser apenas uma comemoração romana ou feita pontualmente.



Em Montalvão, o centro das celebrações era a Igreja de Misericórdia e cabia à «Irmandade da Misericórdia» a organização e instituição do ritual deste dia importante e tão significativo pelo respeito por aqueles que deram a vida para que no Futuro os cristãos já não fossem obrigados a sacrificar-se por seguirem Cristo e os valores que este pregou. 



Logo de véspera, 31 de outubro, pelas oito da noite, a toque do sino da igreja da Misericórdia, os pobres da povoação rumavam ao Largo da(s) Igrejas, aglomerando-se na da Misericórdia que sendo muito pequena ou os pobres eram muitos, transbordava de crianças, adultos e idosos, homens ou mulheres. Era o bodo aos pobres. Os Irmãos de uma das mais ricas e organizadas Irmandades do povoado, trajando com os seus balandraus negros com capuz (que neste dia estava caído sobre as costas) que impressionavam quando iluminados pelas tochas acesas que ondulavam com o vento ou corrente de ar. Colocavam-se em duas alas, a ladear a porta principal com sacos de pão enormes a abarrotar de pães, desde inteiros (para os homens), a metades (para as mulheres) e quartos (para as crianças). Como se sabe o pão de Montalvão tinha um quilo repartido por quatro quartis de 250 gramas pois quando se amassava fazia-se o sinal da cruz no topo do pão para que fermentasse em paz, abençoado e de modo a saciar a fome. 



Com a Implantação da República (5 de outubro de 1910) as tradições ligadas à caridade e religiosidade que pudessem ser substituídas pelo Poder estatal governamental, foram reprimidas (algumas até proibidas) e substituídas pelas instituições laicas, para não dar importância social à religiosidade. Depois ficou, apenas a tradição de acarinhar os mais novos, com as crianças a aproveitarem a solenidade para solicitar aos seus padrinhos (de batismo)  o "Bolo dos Santos" em guloseimas da época (bolo folhado "finto" e um pão).  



Eis Montalvão cuja origem remonta ao mais puro rito do Cristianismo Templário. As atividades humanas decorriam pontuadas pelas cerimónias do Divino.    
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20 outubro 2024

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Festa do Santíssimo Sacramento

20 outubro 2024 0 Comentários
NO TERCEIRO DOMINGO DE OUTUBRO REALIZAVA-SE EM MONTALVÃO UMA DAS MAIS ESPLENDOROSAS CELEBRAÇÕES. 



O dia dedicado a consagração do Santíssimo Sacramento que remonta à «Bulla Dominus Noster Jesu Christi» do Papa Paulo III, publicada, em 30 de novembro de 1539, teve grande importância no Cristianismo pois celebrava a Eucaristia, relembrando o sacrifício de Jesus Cristo no Calvário. Depois da Bula Papal rapidamente as comunidades cristãs formaram Irmandades para honrar e relembrar anualmente o momento que ocorrera em Jerusalém e que se tornou orgulho de quem passou a ter Cristo como referência espiritual.
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13 outubro 2024

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Feira de São Miguel

13 outubro 2024 0 Comentários
NO SEGUNDO DOMINGO DE OUTUBRO A VILA (MONTALVÃO) AGITAVA-SE TODOS OS ANOS.




Era dia de fazer a trouxa e partir cedo para Nisa. Dezassete quilómetros bem medidos pela frente sabendo que pela tarde outro tanto estava por fazer.
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05 outubro 2024

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Tratado de Zamora 881

05 outubro 2024 0 Comentários

O PRIMEIRO PASSO PARA QUE O VASTO TERRITÓRIO MONTALVANENSE UM DIA, ANOS DEPOIS, PERTENCESSE A PORTUGAL COM A EXPANSÃO PARA SUL DO DOMÍNIO CRISTÃO EMPREENDIDO POR DOM AFONSO HENRIQUES E SEUS DESCENTENTES.


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24 setembro 2024

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Feira de Nossa Senhora das Mercês

24 setembro 2024 0 Comentários
MONTALVÃO TAMBÉM TEM AS SUAS SINGULARIDADES.


Fotografia do senhor José Pedro Martins Barata

Não há lugarejo que não tenha, pelo menos, uma Feira Anual. Pois Montalvão é conhecido por não ter uma Feira instituída em determinada data, há mais de 80... talvez cem anos. Mas chegou a ter. Era a Feira de Nossa Senhora das Mercês. Talvez até aos anos 20 ou 30. Depois houve Feiras mas por coincidência de feirantes que chegavam e partiam no mesmo dia.
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15 setembro 2024

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Festa de Santa Margarida

15 setembro 2024 0 Comentários
A FESTA DE SANTA MARGARIDA É ASSINALADA NO TERCEIRO DOMINGO DE SETEMBRO.


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08 setembro 2024

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Romaria de Nossa Senhora dos Remédios

08 setembro 2024 0 Comentários
A MAIS SENTIDA HOMENAGEM A MONTALVÃO E AOS SEUS VALORES ESPIRITUAIS.


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15 agosto 2024

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Dia da Assunção

15 agosto 2024 0 Comentários
DEPOIS DAS FESTAS POPULARES DE JUNHO EIS O MEIO DO MÊS DE AGOSTO PARA MARCAR MAIS UM DIA FESTIVO E RELIGIOSO.



A Ascensão Celeste da Virgem Maria, Mãe de Cristo. A vida de Cristo tem suporte histórico, ainda que breve, entre os historiadores romanos, mas como é óbvio, não tem datas marcadas por não ser um cidadão romano, mas judeu.



Os ritos do início do Cristianismo assinalam que ao morrer (findar a vida terrestre) Maria - Mãe de Cristo ascendeu ao Céu, facto designado como "A Assunção" do latim assūmptiō (elevação). Este acontecimento celebrado, pelo menos desde o século V, adquiriu uma solenidade importante entre os Cristãos. Quando Montalvão foi fundada, no século XIII, a celebração da «Assunção de Nossa Senhora» era um dos maiores acontecimentos do ano religioso em todo o "Mundo Cristão". Em Montalvão tinha grande significado, em pleno Verão, antes das celebrações de «Nossa Senhora dos Remédios». 



As datas do Cristianismo têm de ser compreendidas dentro do calendário romano pois não há registos precisos dos dias em que ocorreram além de muitos serem dogmas - como é a "Assunção de Maria" - sem qualquer fonte histórica a suportá-la. Só a Fé dos cristãos nas decisões infalíveis dos Papas suportam as celebrações. Os cristãos dentro do Império Romano, particularmente na capital deste, em Roma, adaptaram as celebrações dos acontecimentos da religião às festividades romanas. Uma questão de oportunidade e inteligência. Aproveitavam as comemorações - paragens do ritmo diário de trabalho - do calendário romano para estabelecer os seus rituais sendo (ainda) uma religião minoritária e depois perseguida. Natal corresponde às festividades do Solstício de Inverno (as Saturnálias que terminavam com o Sol Invicto) e as Festas Populares de junho às romanas do Solstício de Verão (com destaque para as Minervinas). A Páscoa manteve-se como festa judaica, por isso obedece ao princípio do calendário hebraico (e muçulmano) que é lunar enquanto o atual (gregoriano) é solar, daí ser uma Festa Móvel. 



A importância do dia 15 de agosto (e deste ser o dia escolhido para "A Assunção") radica no segundo calendário romano (de Numa Pompílio, segundo rei de Roma, por volta do ano 600 a. C.) antes da reforma de 46 a. C. empreendida neste calendário romano pelo imperador romano Júlio César. As reformas dos calendários eram decretadas em Roma mas levavam décadas a ser adquiridas por todos, num tempo em que a informação circulava lentamente. Aquilo que se consegue, resumidamente, afirmar - até porque é difícil entender quanto mais explanar, nem é este... esse âmbito - é que 15 de agosto correspondia a meio do ano para os romanos (o ano civil romano iniciava-se em março) e em simultâneo havia feriado em meados de agosto (as Portunálias), depois o Imperador Augusto instituiu as "Férias de Agosto" - Feriae Augusti (que ainda se assinalam em muitas cidades italianas) - e o Sol entra na constelação de Virgem. Tudo junto fez com que os cristãos, a viverem entre romanos, escolhessem o 15 de agosto para assinalar a «Ascenção da Virgem ao Céu».



Algumas breve notas acerca dos calendários romanos:


1. O ano tinha no início dez meses, depois doze meses com início em março (primeiro mês) e final em fevereiro (12.º mês). Os meses eram Martius, Aprilis, Maius, Iunius, Quintilis (depois Iulius), Sextilis (depois Augustus), Septembris, Octobris, Novembris, Decembris, Ianuarius e Februarius. Meses dedicados a deuses: março (deus da guerra, Marte), abril (deusa etrusca - antepassados dos romanos - do amor, Apro), maio (deusa da fecundidade, Maia), junho (Juno, esposa do rei dos deuses, Júpiter), julho (homenagem ao Imperador Júlio César), agosto (homenagem ao Imperador César Augusto), setembro (de sétimo no calendário juliano), outubro (de oitavo no calendário juliano), novembro (de nono no calendário juliano), dezembro (de décimo no calendário juliano), janeiro (deus da renovação, Jano) e fevereiro (deus da morte e purificação, Februo). 

(clicar em cima desta e de quase todas as imagens permite melhor visualização das mesmas)



2. Os meses tinham número de dias variáveis mas só havia designação para três dias: Calendas (1.º dia de cada mês, palavra que deu origem ao termo Calendário); Nonas (5.º ou 7.º dia conforme o número de dias do mês); e Idos (13.º ou 15.º dia conforme o número de dias do mês). Depois entre cada um destes três dias, era a habitual contagem decrescente para cada dia ou o dia tinha o nome da respetiva festa religiosa romana. Por exemplo o mês de agosto, antes de ser dedicado ao Imperador Augusto designava-se por Sextilis (sexto) tinha o dia das Nonas ao 5.º dia e o dos Idos ao 13.º dia. O dia 15 de agosto era conhecido por «18 dias antes das Calendas de Setembro ou Septembris (sétimo, em latim)». Para complicar, ainda mais, não havia correspondência entre o 1 de março romano e o 1 de março atual.


   
3. Com o «Calendário Juliano» em 46 a. C., estabelecido para evitar o desfasamento que os dois calendários romanos anteriores obrigaram a ter em relação ao ciclo solar, passou a acrescentar-se, a cada quatro anos, um dia intercalar a seguir ao sexto dia para as «Calendas de Março». Sem designação passou a ser conhecido como bissexto, dando também nome aos anos que passaram a contar com ele. Com o «Calendário Gregoriano (o atual), utilizando a numeração árabe, promulgado pelo Papa Gregório XIII, em 24 de Fevereiro de 1582, o dia passou a ser 29, o seguinte a 28, mas manteve-se a designação de «Ano Bissexto».
   

4. Os dias («Dies», em Latim) da semana eram marcados nos calendários com letras de A a G. Iniciando-se como Solis (Dominica, depois da adaptação cristã), Lunae (Feria II), Martis (Feria III), Mercurii (Feria IV), Iovis (Feria V), Veneris (Feria VI) e  Saturni (Sabbatum). Dias dedicados a deuses, respetivamente: Sol, Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vénus e Saturno. Dominica passou a domingo, em português e Sabbatum, a sábado. Feria II passou a segunda feria (feria, raiz de feriado: dia de descanso de celebrações religiosas nos templos) depois segunda-feira e assim sucessivamente. A Língua Portuguesa foi (e é) a única em que o Vaticano, apagando os vestígios romanos de dedicar os dias da semana às divindades romanas, ao Sol e Lua, conseguiu sobrepor-se à tradição ancestral latina de designar os dias conforme os deuses. A popularidade e utilização diária durante séculos nas várias regiões do Império Romano das designações não conseguiram separar os dias com nomes pagãos dos rituais diários cristãos. Só a Língua Portuguesa alterou radicalmente a tradição romana.   

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5. O facto do Sol entrar na constelação da Virgem em meados do sexto mês do calendário romano - em 2022 será às 03:16 horas de 23 de agosto - tornou simbólico a entrada da Virgem Maria no Reino dos Céus.



Apesar da dificuldade em explicar o porquê da escolha do dia 15 de agosto tendo em consideração que sendo das primeiras celebrações no Cristianismo tem de ser entendida no contexto do calendário romano, o facto de haver duas correspondências - festividades romanas (assinalar o sexto mês, o do meio do ano civil e festas das "férias romanas" de verão) e ocorrência astronómica (entrada do Sol na constelação de Virgem) - tornou este dia muito importante para os Cristãos. A «Assunção Celeste de Nossa Senhora», a sua subida ao Céu, permite justificar o recrudescimento do «Culto Mariano»: é a Virgem Maria que surge em «Aparições» terrestres e não Cristo. 



Procissão da Assunção
O percurso habitual mas com muitas colchas às janelas e nas poucas varandas que existem na aldeia. Mas as que existem estavam guarnecidas para honrar as imagens, andores, pessoas e o sagrado. A procissão com mais de meia-aldeia a formá-la iniciava-se junto das portas da Igreja Matriz, descia a rua da Barca até ao "Fundo da Rua" virava à esquerda subindo a rua da Costa até ao topo guinando à direita pela rua Direita, depois rua do Cabo. Ao chegar à Corredoura, virava à esquerda pela travessa do Bruzuneiro até ao Adro da Igreja de São Pedro seguindo pela rua de São Pedro, descendo depois a rua do Arneiro para virar à esquerda rumo às Portas da Igreja Matriz onde findava.



Em pleno Verão, mês de secura e calor extremo em Montalvão, os guarda-chuvas transformavam-se em "sombrinhas". Tal como noutras localidades:



Não deixa de suscitar alguma curiosidade que no imaginário popular as "Aparições" sejam sempre associadas ao aparecimento da Virgem Maria ("possível" pelo facto de ter "subido ao Céu") com "vestido branco" mas Cristo vestia-se também de mesmo modo, pois no seu tempo e entre os costumes dos Hebreus as semelhanças de vestuário entre homens e mulheres eram pouco significativas.


VESTUÁRIO NO TEMPO DE JESUS CRISTO – No primeiro século a roupa era muito mais simples do que é hoje. A maioria das roupas eram feitas de lã, embora o linho também fosse usado (feito de linho cultivado na área de Jericó ou importado do Egito). Tanto os homens como as mulheres usavam normalmente uma túnica e um manto. A lei judaica exigia que o manto tivesse bordas unidas aos seus quatro cantos. Cada borda era para incluir um cordão azul e foi concebido como uma forma de ajudar as pessoas a se lembrar de manter a Lei de Deus. Para ocasiões especiais uma longa roupa conhecida como ‘estola’ era usada. Eram usados geralmente sandálias de couro (ou talvez de madeira) – Fonte – http://dailylifeinthetimeofjesus.weebly.com/daily-life-at-the-time-of-jesus.html


Eis Montalvão cuja origem remonta ao mais puro rito do Cristianismo Templário. O ritmo anual da vida dos montalvanenses era pontuada pelo assinalar dos dias consagrados à religião católica
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22 julho 2024

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Montalvão 1527

22 julho 2024 0 Comentários

EM 1527 SURGEM AS PRIMEIRAS INFORMAÇÕES, A NÍVEL NACIONAL, COM DEMOGRAFIA E LOCALIZAÇÕES DAS POVOAÇÕES MAIS IMPORTANTES DO REINO.



Montalvão revela-se, desde logo, um dos maiores povoados do Alentejo e de Portugal. Isto em 1527, há 497 anos.

 

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