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08 outubro 2022

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Faria Artur: Professor Casapiano Há 95 Anos

08 outubro 2022 0 Comentários

EM 8 DE OUTUBRO DE 1927, COMPLETAM-SE HOJE 95 ANOS, O MONTALVANENSE ANTÓNIO DE MATOS FARIA ARTUR FOI ADMITIDO COMO PROFESSOR NA CASA PIA DE LISBOA. 



Esta nova situação profissional modificaria, para sempre a sua vida, pois fez desenvolver nele o que de melhor havia: ser autor de livros onde a didática se aliou à pedagogia.



Depois de se formar como aluno na Casa Pia, em 29 de setembro de 1900, já com experiência no Patriarcado, iniciou a sua profissão de professor do ensino primário (atual ensino básico).





Como era regra nesse tempo os contratos por ano letivo faziam-no mudar de escola, nas poucas que se repartiam por Portugal, com taxas de analfabetismo elevadíssimas, em particular no género feminino que nem iam à Escola ou a abandonavam muito cedo.




Aquando do casamento (clicar), em 29 de outubro de 1906, tem seis anos de experiência exercendo a docência numa escola primária de Santa Eulália, em Elvas.



A ideia, sendo ele montalvanense e a esposa nisense mas descendente de montalvanenses era fixar-se, quando fosse possível, em Nisa, onde morava o sogro. Ele muito cedo órfão de pai e mãe (clicar) já tinha ténues ligações com Montalvão onde ia com pouca regularidade, pois ainda tinha tios e tias.



Desde cedo revelou que não estava interessado em apenas ensinar numa sala de aula, mas queria melhorar os livros por onde os alunos aprendiam fazendo-o a solo ou em conjunto com outro professor primário (António Dias Louro). Publicaram livros temáticos: de geografia (Cousas Geográficas; 1921/ Lições de Geografia; 1922); de história (História de Portugal; 1924); e de ciências da Natureza (Lições de Ciências Naturais; 1926). Com tanto brilhantismo (bibliografia) e experiência (quase 40 anos) foi admitido como professor retornando à Instituição onde se formara como aluno.




O ingresso na Casa Pia, completam-se hoje 95 anos, permitiu-lhe o reencontro com um antigo colega nove anos mais novo (Cruz Filipe) - cruzaram-se pouco na Instituição enquanto estudantes - mas depois tiveram uma colaboração que ficaria para a história do Ensino Primário em Portugal, além do ilustrador Eduardo Romero, em conjunto com Manuel Subtil e Gil Mendonça. 






A sua vida profissional, aos 36 anos, seis meses e 23 dias, passou a ser a Casa Pia como foi documentado pela Instituição para este blogue.


Muitas obras se produziram com mestria como esta preciosidade que ainda foi o meu primeiro dicionário - continua na atualidade a ser-me útil para questões ilustradas - na Escola Primária no início dos Anos 70 - 4.ª classe em 1970/1971 - ou seja, mais de uma década depois de ser editado (1958).




NOTA: Agradecimento à nobre Casa Pia de Lisboa que facilitou o acesso ao processo do aluno António de Matos Faria Artur bem como à sua extensa bibliografia 



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