EM 8 DE OUTUBRO DE 1927, COMPLETAM-SE HOJE 95 ANOS, O MONTALVANENSE ANTÓNIO DE MATOS FARIA ARTUR FOI ADMITIDO COMO PROFESSOR NA CASA PIA DE LISBOA.
Esta nova situação profissional modificaria, para sempre a sua vida, pois fez desenvolver nele o que de melhor havia: ser autor de livros onde a didática se aliou à pedagogia.
Depois de se formar como aluno na Casa Pia, em 29 de setembro de 1900, já com experiência no Patriarcado, iniciou a sua profissão de professor do ensino primário (atual ensino básico).
Como era regra nesse tempo os contratos por ano letivo faziam-no mudar de escola, nas poucas que se repartiam por Portugal, com taxas de analfabetismo elevadíssimas, em particular no género feminino que nem iam à Escola ou a abandonavam muito cedo.
Aquando do casamento (clicar), em 29 de outubro de 1906, tem seis anos de experiência exercendo a docência numa escola primária de Santa Eulália, em Elvas.
A ideia, sendo ele montalvanense e a esposa nisense mas descendente de montalvanenses era fixar-se, quando fosse possível, em Nisa, onde morava o sogro. Ele muito cedo órfão de pai e mãe (clicar) já tinha ténues ligações com Montalvão onde ia com pouca regularidade, pois ainda tinha tios e tias.
Desde cedo revelou que não estava interessado em apenas ensinar numa sala de aula, mas queria melhorar os livros por onde os alunos aprendiam fazendo-o a solo ou em conjunto com outro professor primário (António Dias Louro). Publicaram livros temáticos: de geografia (Cousas Geográficas; 1921/ Lições de Geografia; 1922); de história (História de Portugal; 1924); e de ciências da Natureza (Lições de Ciências Naturais; 1926). Com tanto brilhantismo (bibliografia) e experiência (quase 40 anos) foi admitido como professor retornando à Instituição onde se formara como aluno.
O ingresso na Casa Pia, completam-se hoje 95 anos, permitiu-lhe o reencontro com um antigo colega nove anos mais novo (Cruz Filipe) - cruzaram-se pouco na Instituição enquanto estudantes - mas depois tiveram uma colaboração que ficaria para a história do Ensino Primário em Portugal, além do ilustrador Eduardo Romero, em conjunto com Manuel Subtil e Gil Mendonça.
NOTA: Agradecimento à nobre Casa Pia de Lisboa que facilitou o acesso ao processo do aluno António de Matos Faria Artur bem como à sua extensa bibliografia
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