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25 novembro 2019

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José Pedro Martins Barata 41

25 novembro 2019 0 Comentários
COMPLETAM-SE HOJE 41 ANOS DO FALECIMENTO DO MONTALVANENSE POR ADOPÇÃO, JOSÉ PEDRO MARTINS BARATA.



A propósito dele já houve dois textos neste blogue:
O primeiro para assinalar dos 40 anos do seu falecimento (clicar);
O segundo para comemorar os 123 anos do seu nascimento (clicar).



E ficou prometida uma recensão crítica ao seu trabalho acerca de Montalvão que será sobre os textos escritos, visto que a obra fotográfica publicada é muito parcelar, embora já de grande qualidade.


Conheci e falei (pouco...) com o homenageado
Eu como habitual frequentador, no Verão, da carpintaria do Ti Zé Caratana e ele como curioso para dialogar com o dono da carpintaria, na rua das Almas. Como é evidente estava longíssimo de imaginar, no início dos Anos 70, a importância do "Senhor da Póvoa" para o conhecimento de Montalvão embora tenha ficado desde essa data com três opúsculos:
- «Apontamentos sobre a fala viva de Montalvão no extremo-norte alentejano» (1966);
- «As Xácolas em Montalvão e em Póvoa e Meadas no extremo-norte alentejano» (1966);
- «Tradições religiosas em Montalvão e em Póvoa e Meadas no extremo-norte alentejano» (1969).
A que fui acrescentando "informação". 

Recensão crítica
São documentos importantes que mostram, primeiro a dedicação à aldeia dos seus antepassados e depois paixão pelo que via. Montalvão era uma espécie de umbigo do Mundo como se depois fosse o próprio Mundo. O isolamento se trouxe angústia e dificuldades, por outro lado preservou a identidade secular trazendo-a até ao século XX. Ele percebeu isso e escreveu-o deixando um legado de valor incalculável. Não há "bela sem senão". Mas a mais não era obrigado. Faltou registar em som a «fala viva» de Montalvão pois as palavras que anotou não eram pronunciadas como as escreveu. Além de centenas de expressões e termos únicos, como:  alárve (palerma), bouchêgo (pêssego), campreádo (inconveniente), férra (pá doméstica), manhouva (indeciso), paparou (desajeitado), tronchas (às costas) ou xaringár (incomodar). Todos sabemos que até um "simples" buraco é... bureque em Montalvão!

O muito obrigado é sempre pouco para quem tanto fez e deixou!

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