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08 julho 2022

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Mel: dos Cortiços às Abelhas

08 julho 2022 0 Comentários

MESMO EM TEMPO DE DIFICULDADES O MEL SEMPRE FOI MUITO IMPORTANTE EM MONTALVÃO.

De alimento a mezinha quase milagrosa para quem necessitava de suplemento alimentar e mental. 


Descrição da povoação e do seu termo (Montalvão: componentes, características e atividades, da vila até aos limites do concelho). Documento original, datado de 24 de abril de 1758, na Torre do Tombo, em Lisboa


Quando, em Lisboa, se decidiu fazer um inventário dos estragos que o terramoto do 1.º de novembro de 1755 provocou no país, aproveitando para se conhecer melhor todo o território, quem responde de Montalvão é inequívoco quanto à questão n.º 15 - «Quaes saõ os frutos da terra, que os moradores recolhem com maior abundancia?»



O Vigário Frei António Nunes Pestana de Mendonça escreve de Montalvão, em 24 de abril de 1758, de forma inequívoca como resposta n.º 15:



«Os frutos desta terra saõ somente trigo, senteyo, sevada, e linho, e algum azeyte, e mel; sendo entre todos estes de trigo a mayor abbundançia, segundo a qualidade dos annos.»



Em todo o vasto território montalvanense há condições para ter milhares de enxames a produzir mel em cortiços ou colmeias, estas uma forma mais elaborada de conseguir aumentar a produção estimulando as abelhas a recolherem néctar.



A vastidão do território, com grande variedade de plantas tendo flores que proporcionam uma paleta enorme de cores, mas principalmente de néctar e pólen, com destaque para o rosmaninho. 



Há vestígios de Apiários - local onde se concentram cortiços e colmeias - com centenas de anos.



Os cortiços foram escasseando para aumentarem os apiários com colmeias, mas ainda se produz mel em cortiços.



Um quilo de mel resulta do trabalho de cerca de 20 mil/25 mil abelhas, pois cada uma nem uma grama de mel consegue produzir. Um quilo são mil gramas. É um trabalho coletivo notável, resultado de um esforço gigantesco de uma comunidade. As abelhas têm vida curta, intensa e esforçada. Numa colmeia ou cortiço com cerca de 50 mil abelhas morrem mil por dia mas nascem outras tantas, mantendo a comunidade saudável e capaz de sobreviver.


Não é apenas uma gotícula de mel por abelha, como se fosse insignificante. São mais de duas dezenas de milhares de gotículas que permitem um quilo de mel e milhões de gotículas/abelhas que se transformam em toneladas de mel 

O jornal diário "Público" tem uma magnífica e esclarecedora infografia acerca das abelhas e do mel (clicar).





O "mundo das abelhas e das colmeias" é tão vasto como as comunidades desses insetos. Quem quiser saber mais é só (clicar).



Próxima viagem - no final deste mês - com as abelhas montalvanenses: Salavessa - Terra do/de Mel

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