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04 julho 2020

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Sinais dos Tempos

04 julho 2020 0 Comentários
O QUE FOI DRAMÁTICO, NO DESENVOLVIMENTO E NA DEMOGRAFIA NO INTERIOR DE PORTUGAL, FORAM OS MELHORAMENTOS CHEGAREM TARDE.


Tal como em Montalvão, quando a desertificação demográfica e a decréscimo da atividade económica já eram irreversíveis. Ainda continua na atualidade. Mesmo a sede de concelho (Nisa) nem aparece em mapas temáticos quando estes são acerca de equipamentos e infraestruturas da modernidade. 



Nos Anos 60, na presidência da Câmara Municipal de Nisa, tendo por principal edil, o «Doutor Mário» ainda houve melhoramentos assinaláveis como um ambicioso plano de atividades para 1965.



O pontão no «Rebêre de Fevêle» foi substituído por uma ponte, entre 1965 e 1966, mas os que tanto necessitaram dela (bem como da estrada entre a Salavessa e o Pé da Serra) já tinham envelhecido e outros fugido para a emigração ou a Grande Lisboa. Chegava tudo demasiado tarde...



Séculos com uma travessia num pontão resistente mas perigoso com frequência assídua numa demografia crescente.


Carta Militar de Portugal; 1/25 000; Serviços Cartográficos do Exército; folha 314 (excerto); publicação em 1950; trabalho de campo 1946 (divisão de freguesias com base na Carta Corográfica de Portugal; 1/50 000; folha 28-B; Instituto Geográfico e Cadastral; publicada em 1982)

Décadas com uma ponte segura, resistente e adequada a uma travessia frequente mas já num território em declínio demográfico em que passará um carro "de quando em vez"! O progresso nunca peca por desnecessário e sumptuoso, só por tardio... 


Carta Militar de Portugal; 1/25 000; Instituto Geográfico do Exército; folha 314 (excerto); publicação em 1993; trabalho de campo 1989 (divisão de freguesias com base na Carta Corográfica de Portugal; 1/50 000; folha 28-B; Instituto Geográfico e Cadastral; publicada em 1982)

As duas pontes: uma antiga em derrocada (que teve muito mais pisoteio e "ouviu das boas") que outra recente praticamente sem utilização. Quando esta chegou já o povo tinha rumado a outras paragens bem mais tentadoras...



Os 2 242 dias da presidência de Mário Relvas Fraústo, como presidente do Município de Nisa, entre 30 de março de 1961 e 20 de maio de 1967... «dão pano para mangas»...

Assim se foi fazendo Montalvão 

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