MENOS DE TRÊS MESES DEPOIS DE AUTORIZADA, OS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS DA CASA DO POVO FORAM INSTALADOS.
Num edifício na rua Direita, de gaveto com a ruínha de acesso à rua de São Pedro, em 1 de abril de 1942. Há precisamente 80 anos.
(clicar em cima desta imagem permite uma melhor visualização da mesma)
Da rua Direita (primeiro edifício alugado) para a rua do Outeiro (segunda localização em casa alugada) e desta para a "Casa Nova" inaugurada, com pompa e circunstância, mais de dez anos depois, em 10 de setembro de 1952, na «Horta da Ramalhoa».
Ainda uma referência para os primeiros Corpos Gerentes.
ASSEMBLEIA GERAL
Presidente: José Augusto Fraústo Basso;
Primeiro vogal: António Joaquim Fraústo;
Segundo vogal: António Joaquim Belo.
DIREÇÃO
Presidente: César de Faria Pimental;
Secretário: António Possidónio Ramos;
Tesoureiro: António d' Oliveira Falcão.
Seis dirigentes, cinco montalvanenses e um nisense, o senhor doutor Zé Basso. Grande figura da Nisa, onde foi advogado, notário e deputado da União Nacional/Acção Nacional Popular (clicar para a ficha dele na Assembleia da República), o destaque que merece fica para outra ocasião. Foi uma figura do Estado Novo mas, nesse tempo, quem queria fazer algo por uma terra do interior ou era da situação ou do reviralho. Se fosse do "contra" seria ostracizado e, provavelmente, perseguido. Foi importante para Montalvão poder ter uma «Casa do Povo». Mesmo depois de Abril de 1974 continuou a ser influente em Nisa até falecer em 1987.
Seis pessoas que deram muito do seu tempo livre em prol de tornar possível a existência de uma instituição de apoio à vida difícil dos montalvanenses. É bom relembrar que nesse tempo os cargos diretivos não eram remunerados. Eram exercidos obsequiosamente, com prazer e generosidade em auxiliar tudo e todos.
Destaque para o senhor António Falcão, lojista de tecidos e acessórios, filho do padre Virgílio que tinha um estatuto de integridade acima de qualquer um. Estimado por quase todos (nunca se consegue ser unânime) e respeitado pelos montalvanenses de forma inequívoca. Ser tesoureiro da Casa do Povo era assegurar que as contas batiam sempre certas. Um enorme montalvanense que foi grande sendo toda a vida aldeão. Nunca necessitou de ser vilão ou citadino para servir o bem.
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