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14 outubro 2019

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Montalvão Quatro Estações

14 outubro 2019 0 Comentários
A LOCALIZAÇÃO ALTANEIRA DE MONTALVÃO FAZ DELA UM MIRADOURO PARA O MUNDO DA NATUREZA.



O sublime músico Antonio Vivaldi até parece que se inspirou em Montalvão para compor as "Quatro Estações".



No Outono
Dias cada vez mais curtos e noites longas. O "lume" aceso mais cedo e a chamar pelos montalvanenses logo ao Pôr-do-Sol. Folhas amareladas em queda, vento frio do lado de Castelo de Vide. Uns pardais a chilrear e pouco mais.



No Inverno
De vez em quando neva. Não nevando a geada encarrega-se de nos fazer a vida negra com a água que ficou da chuva de noite logo de manhã encaramelada nas poças. Poucas folhas nas árvores do Adro a não ser o cipreste do Castelo que uiva que nem um doido sem rumo. Eh... Vózinha?! Não há cobertores a mais que estes cinco são poucos pois o lençol parece que saiu agora da barrela de tão húmido que se sente!? 



Na Primavera
Os campos enchem-se de bonitos e malmequeres. As mulheres coram a roupa na «mari-neta» que se perfuma com o pólen das flores fazendo concorrência às abelhas que procuram as belas flores das xaras. Há que descobrir os ninhos que florescem desde as laranjeiras (pintassilgos) às rolas (nos sobreiros), mais os piscos (nas oliveiras) e o cegonho e cegonha na torre do relógio da Igreja. As andorinhas é que não são esquisitas. Um beiral branco, uma dúzia de ninhos.



No Verão
Dias e noites do vento suão. Calor de derreter. Sobram as brincadeiras até madrugada dentro. A Festa dos três dias. Os mergulhos na barragem do doutor Mário ou nos pégos do Sever. «Afulér» as vacas nas tapadas junto às azinhagas. As futeboladas contra a Salavessa ou a Póvoa... até mesmo em Casalinho para beber Coca-cola proibida em Portugal. Apanhar cachos e comê-los de enfiada. Os primeiros tortulhos. As melancias à volta da vila que se cuidem não sejam caladas pela calada da noite. E as trovadas de estremecer corpos e mentes. Até só os lençóis na cama são de... mais!

Bem podia ser montalvanense este veneziano (1678) que faleceu em Viena (1741).




Dias e noites em Montalvão. Nunca se esquecem
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