Que necessitavam para produzir alimentos. O «pão para a boca». Instalaram-se num Monte majestoso tendo por baixo uma paisagem deslumbrante mas os terrenos são do pior que há em Portugal. E os poucos que ainda permitem alguma agricultura produtiva - o resto era quase semear para não perder a semente - foram terrenos que melhoraram com séculos a serem trabalhados por montalvanenses e animais, arando, cavando e estrumando. Na «Carta de Capacidade de Uso do Solo» os poucos da classe B (pois a melhor, a A, é inexistente) são resultado dessa ação durante mais seis séculos de trabalho agrário - agricultura e organização agrícola - e como é óbvio domina a classe E, ou seja, terrenos sem aptidão agrícola (na legenda cartográfica a amarelo) que tal como os do classe D (na legenda cartográfica a castanho claro) só têm capacidade para silvicultura e pecuária.
Tabela explicativa para a Carta de Capacidade de Uso do Solo; Secretaria de Estado da Agricultura; Escala 1/50 000 |
Apenas nas cumeadas há terrenos minimamente aceitáveis - classe C (na legenda cartográfica a cor-de-rosa) para conseguir fazer agricultura de qualidade mínima.
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Extrato da folha 28-B da Carta de Capacidade de Uso do Solo; Secretaria de Estado da Agricultura; Escala 1/50 000; Lisboa; 1969 |
Mas em Montalvão quase 80 por cento deles eram semeados até aos Anos 50.
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Extrato da folha 315 da Carta Agrícola e Florestal de Portugal; Secretaria de Estado da Agricultura; Escala 1/25 000; Lisboa; 1967 |
E o Vale d'Ordas como propriedade valiosa (devido à represa de água) com um laranjal e com capacidade para produzir... arroz em anos de muita precipitação.
Tudo o tempo levou...
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