A IDADE DOS PORQUÊS.
Mote
Sítio esplêndido e magistral
Malha urbana emocionante
Demografia ancestral
História fascinante
Montalvão visto pelos olhos de uma ave
I
Montalvão é uma elevação com o desnível de 35/41 metros, entre a base do monte (Fonte Cereja/Santo André/Bernardino; 300 metros) e o topo nas traseiras da Igreja Matriz (332 metros) e no limite oeste da Corredoura (341 metros). Dos terrenos mais antigos da Ibéria - Maciço Antigo - é um composto metamórfico de xisto e grés/saibro, de elevada resistência, no sentido oeste-leste, moldado pelas linhas de água das semi-bacias do rio Sever e da Ribeira de Ficalho (ou do Pontão).
Há muito para dizer...
II
Montalvão tem uma rede urbana extremamente simples que pelos registos de construção das casas começou a Leste (junto da Igreja Matriz) expandindo-se para Oeste até à Corredoura (largo rectangular) pela rua Direita que corresponde à linha de festo (ou topo) do monte. Para lá da rua da Costa/rua das Almas (traçado Sul/Norte) com origem na rua Direita que dá uma forma de cruz virada a Norte há uma constante. Todas as principais artérias (rua de São Pedro/rua do Arneiro/rua do Outeiro, para o lado sul e rua da Cabine/rua das Traseiras, para o lado norte) correspondem às traseiras da rua Direita, ou seja, habitações edificadas nos quintais das casas da rua Direita. Há ainda o arco urbano periférico de ligação entre a passagem no rio Tejo (Lomba da Barca, daí o topónimo "rua da Barca") a Norte e a ligação às vilas de Nisa e Castelo de Vide, a Sul: rua de Ferro, rua da Barca, rua de São João ou Arrabalde.
Há muito para dizer...
III
Montalvão é povoada desde 1284 mantendo-se a nível de um milhar de habitantes até cerca de 1800. No I Recenseamento Geral da População (1 de Janeiro de 1864) existiam 364 casas (fogos) e 1373 habitantes. Uma freguesia, também concelho (entre 22 de Novembro de 1512 - foral de D. Manuel I a 6 de Novembro de 1836 - reforma administrativa de Mouzinho da Silveira) com uma ocupação agrícola dominada por poucas famílias num vasto espaço onde ser rico era ter um casarão, criados em casa e proletariado rural nas tapadas, animais graúdos (bovino e cavalar), vastos rebanhos (ovino e caprino), varas (porcos) e montado.
Há muito para dizer...
IV
Montalvão foi terra abandonada - esteval e giestal - até ser ocupada pela Ordem dos Templários.
Há muito para dizer...
Templários: Antes e depois da expansão para sul do rio Tejo do domínio da Ordem do Templo
Malha urbana emocionante
Demografia ancestral
História fascinante
Montalvão visto pelos olhos de uma ave
I
Montalvão é uma elevação com o desnível de 35/41 metros, entre a base do monte (Fonte Cereja/Santo André/Bernardino; 300 metros) e o topo nas traseiras da Igreja Matriz (332 metros) e no limite oeste da Corredoura (341 metros). Dos terrenos mais antigos da Ibéria - Maciço Antigo - é um composto metamórfico de xisto e grés/saibro, de elevada resistência, no sentido oeste-leste, moldado pelas linhas de água das semi-bacias do rio Sever e da Ribeira de Ficalho (ou do Pontão).
Há muito para dizer...
Carta Militar de Portugal Série M888; Folha 315; Montalvão (Nisa); Escala 1/25 000; 1999 |
II
Montalvão tem uma rede urbana extremamente simples que pelos registos de construção das casas começou a Leste (junto da Igreja Matriz) expandindo-se para Oeste até à Corredoura (largo rectangular) pela rua Direita que corresponde à linha de festo (ou topo) do monte. Para lá da rua da Costa/rua das Almas (traçado Sul/Norte) com origem na rua Direita que dá uma forma de cruz virada a Norte há uma constante. Todas as principais artérias (rua de São Pedro/rua do Arneiro/rua do Outeiro, para o lado sul e rua da Cabine/rua das Traseiras, para o lado norte) correspondem às traseiras da rua Direita, ou seja, habitações edificadas nos quintais das casas da rua Direita. Há ainda o arco urbano periférico de ligação entre a passagem no rio Tejo (Lomba da Barca, daí o topónimo "rua da Barca") a Norte e a ligação às vilas de Nisa e Castelo de Vide, a Sul: rua de Ferro, rua da Barca, rua de São João ou Arrabalde.
Há muito para dizer...
III
Montalvão é povoada desde 1284 mantendo-se a nível de um milhar de habitantes até cerca de 1800. No I Recenseamento Geral da População (1 de Janeiro de 1864) existiam 364 casas (fogos) e 1373 habitantes. Uma freguesia, também concelho (entre 22 de Novembro de 1512 - foral de D. Manuel I a 6 de Novembro de 1836 - reforma administrativa de Mouzinho da Silveira) com uma ocupação agrícola dominada por poucas famílias num vasto espaço onde ser rico era ter um casarão, criados em casa e proletariado rural nas tapadas, animais graúdos (bovino e cavalar), vastos rebanhos (ovino e caprino), varas (porcos) e montado.
Há muito para dizer...
Decreto do Reino de Portugal; "Nova organização dos Distritos e Concelhos em Portugal"; 6 de Novembro de 1836
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IV
Montalvão foi terra abandonada - esteval e giestal - até ser ocupada pela Ordem dos Templários.
Há muito para dizer...
História de Portugal; Volume II; Página 212; Matoso, José (Direcção de); Círculo de Leitores; Lisboa; 1.ª edição; Dezembro de 1992 |
Templários: Antes e depois da expansão para sul do rio Tejo do domínio da Ordem do Templo
História de Portugal; Volume I; Página 143; Marques, A. H. de Oliveira Marques; Palas Editores; Lisboa; 1.ª edição; Março de 1972 |
Continua num dia destes...
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