No auge demográfico e social de Montalvão no século XX (Anos 40 e 50), houve o Ti «Pessedóne» na rua do Outeiro que transmitiu o ofício aos seus dois filhos: Ti António na Praça da República e Ti Joaquim na rua da Costa.
O Ti Possidónio tinha uma loja com variedade de artigos mas também era latoeiro. E soube ser bom mestre dos seus dois filhos que souberam honrar o ofício que o pai lhes legou para a geração seguinte.
(clicar em cima desta e de quase todas as imagens permite melhor visualização das mesmas)
Os utensílios de lata, principalmente zinco, eram muito utilizados em Montalvão para tarefas diversificadas e rotineiras. O facto de serem muito utilizados e resistentes, por serem de metal, conferia-lhes um uso quotidiano sem igual.
Desde tarefas tão delicadas, como as almotolias (para azeite), candeias (de iluminar), funis para encher potes e outro vasilhame, muitas vezes de barro, regadores, púcaros, ferras (pás domésticas), baldes e os indispensáveis potes para conservar azeite durante um ano.
Havia potes de todo o tamanho embora o feitio variasse pouco. Muito passaram eles desde as mãos às angarelas de burros e muares.
Os três latoeiros não tinham mãos a medir tendo de ser perspicazes e minuciosos de modo a que tudo ficasse bem feito para evitar fugas de água ou azeite. Até da "vienda" do porco que ia em baldes de zinco a caminho das "furdas".
Os montalvanenses confiavam na sua habilidade, destreza e competência comprando novo ou mandando reparar.
Os púcaros, as panelas, os tachos, os funis, as ferras eram obrigatórias em qualquer casa montalvanense. A louça de barro era mais fina complementando a latoaria mais duradoira e resistente.
Os latoeiros transformavam folha de lata, geralmente zinco, em utensílios úteis, tal como com pingos de solda bem urdidos acabavam com fugas ou imperfeições inoportunas.
Havia alguidares para lavar (roupa e loiça) tal como tabuleiros para tudo e mais alguma coisa.
Os banhos de pessoas eram em alguidares que faziam de banheiras.
Era nos potes com tampa de ajustar que se guardava um dos bens mais preciosos, o azeite.
Havia muitos outros potes para muita utilidades e bons usos.
Havia baldes de zinco para muitas serventias, mas a comida do porco era "sagrada". Para eles se migava o que os suínos haviam de comer diariamente para dar uma boa matança anual.
Também os pastores se serviam do vasilhame de lata (zinco), a «abexêra» para passarem, num funil de copo, do alguidar da ordena para o pote que seguiria para uma casa montalvanense e depois, para quem podia, para as outras casas.
Havia «ferras» em todas as casas, por vezes mais do que uma. A da cozinha era sagrada, desde apanhar cinza que por vezes acabava como fertilizante nas hortas até aos restos de miolo de pão e comida que sempre iam tombando da mesa e acabavam no bucho doo porco, se o tivessem.
Mais os alcatruzes das noras...
Até «esquembres" (balanças de equilíbrio) os mais habilidosos latoeiros conseguiam montar.
Algumas peças de latoaria também eram compradas nas Feiras de Nisa ou algum vendedor ambulante fazia com que chegassem à «Vila».
E que dizer dos caldeiros, peças fundamentais na tarefa diária de conseguir água para pessoas e animais, em fontes e poços.
Próxima "paragem": Os Professores
(clicar em cima desta e de quase todas as imagens permite melhor visualização das mesmas)
Os utensílios de lata, principalmente zinco, eram muito utilizados em Montalvão para tarefas diversificadas e rotineiras. O facto de serem muito utilizados e resistentes, por serem de metal, conferia-lhes um uso quotidiano sem igual.
Desde tarefas tão delicadas, como as almotolias (para azeite), candeias (de iluminar), funis para encher potes e outro vasilhame, muitas vezes de barro, regadores, púcaros, ferras (pás domésticas), baldes e os indispensáveis potes para conservar azeite durante um ano.
Havia potes de todo o tamanho embora o feitio variasse pouco. Muito passaram eles desde as mãos às angarelas de burros e muares.
Os três latoeiros não tinham mãos a medir tendo de ser perspicazes e minuciosos de modo a que tudo ficasse bem feito para evitar fugas de água ou azeite. Até da "vienda" do porco que ia em baldes de zinco a caminho das "furdas".
Os montalvanenses confiavam na sua habilidade, destreza e competência comprando novo ou mandando reparar.
Os púcaros, as panelas, os tachos, os funis, as ferras eram obrigatórias em qualquer casa montalvanense. A louça de barro era mais fina complementando a latoaria mais duradoira e resistente.
Os latoeiros transformavam folha de lata, geralmente zinco, em utensílios úteis, tal como com pingos de solda bem urdidos acabavam com fugas ou imperfeições inoportunas.
Havia alguidares para lavar (roupa e loiça) tal como tabuleiros para tudo e mais alguma coisa.
Os banhos de pessoas eram em alguidares que faziam de banheiras.
Era nos potes com tampa de ajustar que se guardava um dos bens mais preciosos, o azeite.
Havia muitos outros potes para muita utilidades e bons usos.
Havia baldes de zinco para muitas serventias, mas a comida do porco era "sagrada". Para eles se migava o que os suínos haviam de comer diariamente para dar uma boa matança anual.
Também os pastores se serviam do vasilhame de lata (zinco), a «abexêra» para passarem, num funil de copo, do alguidar da ordena para o pote que seguiria para uma casa montalvanense e depois, para quem podia, para as outras casas.
Havia «ferras» em todas as casas, por vezes mais do que uma. A da cozinha era sagrada, desde apanhar cinza que por vezes acabava como fertilizante nas hortas até aos restos de miolo de pão e comida que sempre iam tombando da mesa e acabavam no bucho doo porco, se o tivessem.
Mais os alcatruzes das noras...
Até «esquembres" (balanças de equilíbrio) os mais habilidosos latoeiros conseguiam montar.
Algumas peças de latoaria também eram compradas nas Feiras de Nisa ou algum vendedor ambulante fazia com que chegassem à «Vila».
E que dizer dos caldeiros, peças fundamentais na tarefa diária de conseguir água para pessoas e animais, em fontes e poços.
Próxima "paragem": Os Professores
0 comentários blogger
Enviar um comentário