HÁ 460 ANOS, EM MAIO DE 1560, FOI PUBLICADO O PRIMEIRO MAPA CONTENDO, INTEGRALMENTE, O TERRITÓRIO DE PORTUGAL: O MAPA DE ÁLVARO SECO.
Nele consta Montaluaõ, embora lendo-se Montalvaõ, o nosso Montalvão. Ainda com pouco rigor geográfico é admirável como tendo tão poucos meios, em meados do século XVI, as posições relativas das 2 167 localidades mais importantes do País estão corretas. Algumas apenas com uma centena de habitantes. Montalvão entre a confluência do rio Sever com o rio Tejo. Mais a sul, a magnífica Castelo de Vide. Entre Castelo de Vide e Montalvão, «A Póvoa» mais afastado do rio Sever e "As Meadas» mais próximas. Só alguém rigoroso e genial como geógrafo/cartógrafo conseguia, muito antes dos topógrafos e engenheiros, com instrumentos específicos para cartografia, estabelecer o rigor que só foi possível, no século XIX, com as triangulações geodésicas, naquilo que se conhece em Montalvão, por "taleves" ou "talefes". Havia no «Mapa de Álvaro Seco» outros pormenores como a hierarquia dos aglomerados populacionais (cidades e vilas/aldeias) e a rede hidrográfica (principais rios e afluentes). "Faltou" a orografia (relevo) e a incipiente rede viária, embora assinale as escassas 38 pontes sobre cursos de água. Para saber mais do genial Fernando Álvaro Seco (CLICAR). Para ver o mapa a várias dimensões, incluindo a dimensão total, ou seja, o tamanho real (CLICAR).
Outros mapas se seguiram até aos rigorosos trabalhos de campo no século XIX. Todos tiveram o «Mapa de Álvaro Seco» por referência. Sendo o primeiro, podia merecer tantos reparos que não seria referência para os seguintes, mas não foi assim. A sua qualidade, diz tudo...
Atualmente fazem-se mapas temáticos, em 2020, a 1/600 000, ou seja, a escalas maiores (o dobro) que a utilizada por Álvaro Seco (1/1 200 000) em que nem Nisa está cartografada... muito menos Montalvão. Tema a desenvolver num próximo texto, denominado «Sinais dos Tempos».
Assim se representava Montalvão... em Portugal, em Maio de 1560.
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