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02 setembro 2019

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Touradas: de Praça a Praça

02 setembro 2019 0 Comentários
MAIS QUE UMA PRAÇA DE TOUROS O RECINTO DAS TOURADAS É UM SÍMBOLO DO MONTALVANISMO.


É um equipamento coletivo que simboliza uma epopeia. Um desígnio no início dos Anos 30 em que ninguém quis ficar para trás. A «Epopeia Montalvanense» de conseguir construir uma Praça de Touros para mais de um milhar de pessoas numa aldeia que tinha no Recenseamento Geral da População de 1930, menos de 2 305 pessoas (682 famílias) pois este era o total de habitantes em toda a freguesia. Entre Montalvão e o Santo André cerca de 1 800 pessoas, para mais ou para menos uns quantos... visto serem 1 937 dez anos depois, em 1940.



Dez anos depois o Recenseamento de 1940 permitiu saber o número de habitantes por localidade da freguesia, com 1 937 (1 697 + 240 no Santo André) em 542 casas: 477 + 65 (Santo André) edifícios/fogos.
No Recenseamento de 1940 houve 62 habitantes que pela meia-noite de 12 de dezembro não estavam na freguesia daí o registo de 2 610 presentes em 2 672 residentes; NOTAS: Fogos = edifícios para habitação; V - Varões/Homens; F - Fêmeas/Mulheres; VF - Totais



A tradição taurina em Montalvão remonta a tempos imemoriais. As touradas com gado dos Lavradores («ricos» em montalvanês) realizavam-se na Praça central da aldeia, fechando-se os quatro acessos com carretas, carros e carroças que também serviam de bancadas para assistir. Aliás nesses dias praticamente todos os veículos de tração animal concentravam-se na lateral dessa praça para permitir assistir estando no local seguro. A "arena" era para o mais afoito. E houve algumas mortes e muitas cicatrizes para toda uma vida.



A Praça mudou, hoje tem muros de suporte do declive da rua do Outeiro mas se algumas das paredes contassem o que ouviram durante dezenas de anos!





E daqui se passou para a «Praça Nova» inaugurada em 7 de setembro de 1933. Semi-inaugurada. Apesar da Epopeia com novos e velhos, homens e mulheres, ricos e pobres, montalvanenses por nascimento e por empatia numa mobilização, mais ou menos aficionados, sem antecedentes e procedentes que se conheça, ainda foi necessário construí-la em duas fases, a primeira com o contributo de três touradas em 1933 e a segunda fase com mais quatro "corridas" em 1934. Com condições essencialmente para melhorar a segurança, socorro a vítimas e embolamento do gado.



Mas isso é outra história que fica para assinalar o 86.º aniversário da primeira tourada, em 7 de setembro.
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