A Herdade da Azafa/Açafa a sul do rio Tejo. A azul: linhas de água; a castanho - linhas dos cabeços/topos |
A doação da «Herdade da Açafa», em 5 de julho de 1199, teve grande importância para a consolidação do território de Portugal, com destaque para o sul do rio Tejo e colocar uma fronteira de norte para sul entre as conquistas cristãs repartidas com o Reino de Leão em território dos Almóadas. E foi fundamental, com a ocupação e pacificação por parte dos Templários para o surgimento de aglomerados populacionais, entre eles, Montalvão em 1278.
Entretanto, neste mesmo ano de 1199, em 27 de novembro, Dom Sancho I concedia Foral a Guarda elevando-a a cidade (quando era um pequeno lugarejo à época) e pouco depois o Papa concedia-lhe o privilégio de ser Diocese reactivando mais a norte a outrora esplendorosa e influente Egitânia (atual Idanha-a-Velha) nunca imaginando que meio século depois iria criar um conflito entre o Bispo da Guarda (expansionista) e a Ordem do Templo (a tentar conservar o seu território aproveitando a barreira natural do rio Tejo) depois de terem progressivamente "perdido" para a Diocese da Guarda todo o território que receberam em 5 de julho de 1199 a norte do rio Tejo.
Um conflito que durou entre 1242 e 1287, durante o qual foi fundada a templária Monte alvam.
O texto original da doação da «Herdade da Açafa» (excerto a sul do rio Tejo):
A tradução do texto:
Parte também além do rio Tejo pela foz da ribeira de Figueiró como entra no rio Tejo dali defronte de Melriça (Cabeço de Vide) e corre a Mongaret (Serra de São Mamede), dali a Cimalha da água da ribeira de Avid, dali ao Castelo de Terron como caminho ao Mosteiro de Alpalandro, e dali ao Semedeiro de Benfaian, dali ao Porto de Mula do rio Salor como correm as águas para o rio Tejo.
O texto completo e respetiva tradução podem ser lidos em clicar.
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