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31 janeiro 2019

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Dicionário Montalvanês - Português I

31 janeiro 2019 0 Comentários
A TELEVISÃO E AGORA A INTERNET VÃO ACABANDO COM A NOSSA LÍNGUA. O MODO DE SÓ NÓS NOS ENTENDERMOS ENTRE NÓS.



Aqui fica a primeira leva.

A

Alárve - Palerma. «Ehh... alárve!»

B

Bouchêgo - Pêssego. «Góstas de boutchêgus?»

C

Camasso - Camada de geada. «Caiu cá um camasso esta nôte!»

D

Desálvôriáda - Desatinada. «A tua primâ é uma desálvôriáda.» 

E

Engônha - Atrapalhado. «Óh engônha estou com préssa!»

F

Fragâmou - Maltrapilho. «Oulhér...parece um fragâmou.»

G

Gadafunhus - Mãos. «Tira d'aí os gadafunhus.»

I

Inflaincu - Vão (de escada). «Meteu-se naquêle inflaincu, o paparou!» 

J

Jerrêta - Velho. «Tás mesmo jerrêta.»

L

Lûme - Lareira. «Oulhér! O gato já está na cadêra ô lûme.»

M

Manhôvã - Indeciso. «O tê pai é tã manhôvã.»

N

Nouívêm - Nuvem cinzenta. «Está nada a nouívêm dá-nos ao caminhu.»

O

Ógar - Com uma pá atirar a azeitona ao ar para a separar das folhas soltas quando foi ripada para cima do "panal". «E se fosses ógar que já há más (mais) folhas que bago?»

P

Paparou - Apalermado. «Saíste-me cá um paparou.»

Q

Quêdô - Doente acamado. «Ficou no quêdô.»

R

Rôdôs - Pernas cansadas. «Mal pode com os rôdôs, ú vêlhu.»

S

Senisgâ - Magrizela. «Aquêla môça é tam senisgâ.»

T

Tortulhô - Cogumelo que é apanhado quando estala a terra entre as xaras nas encostas solarengas. «Alarve. Passás-te por cima e nê viste o tortulhô.» 

U

Ufa! - Expressão de cansado. «Ufa! A ladeira do joão caxinho parece es'tár maior!»

V

Vélhâscas - Idoso. «Eh ti Juan, parece um vélhâscas.»

X


Xaringar - Importunar. «Nã andes cá a xaringar de roda de mim!»

Z


Em breve neste blogue

Como é óbvio numa língua normal como é o montalvanês não cabem no nosso "abecedário da vila" essas excentricidades do agá (H), kapa (K), dâbleiú (W) e ypsílon (Y)!

Os montalvanenses a quem melhor ouvi falar "montalvanês" foram os meus bisavós maternos (lado da minha avó, embora o seu pai não fosse analfabeto mas a mãe era), a minha avó materna (analfabeta) e os meus avós paternos. Eram analfabetos. Quem tinha passado pela Escola já misturava pronúncias. Obrigado pele legado que deixaram.

Maria Branca (rua do Cabo; nascida em 15 de outubro de 1889/ falecida em 19 de dezembro de 1977) casada, em 31 de maio de 1909 com:
José da Silva Leandro/Pintor (rua Derêta; nascido em 12 de maio de 1887/ falecido em 6 de novembro de 1978). NOTA: Alfabetizado (mas que utilizou muitíssimo pouco comparado com a vivência com a esposa);

Ana da Graça (rua da Costa; nascida em 22 de fevereiro de 1910/ falecida em 3 de junho de 1981); 

Manuel Miguéns/Têxêra (Santo André; nascido em 30 de agosto de 1910/ falecido em 4 de outubro de 1976) casado, em 21 de dezembro de 1932 com:
Maria Joaquina Miguéns (rua da Egrêja; nascida em 4 de agosto de 1914/ falecida em 21 de fevereiro de 2012)
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