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21 novembro 2020
Foral Manuelino 508
21 novembro 2020 | 2 Comentários | | 00:00 |
14 novembro 2020
09 Portalegre Nisa Montalvão 18
14 novembro 2020 | 0 Comentários | | 17:09 |
Entre a Praça e a rua da Barca
Em 24 de abril de 1758, o Vigário Frei que descreve o território montalvanense a pedido da Corte, em Lisboa, também para avaliar os danos provocados, em todo o território de Portugal, pelo terramoto de 1 de novembro de 1755 é perentório.
Para a pergunta:
«Se tem Correio, e em que dias da semana chega e parte? e se o não tem, de que correio se serve, e quanto dista a terra aonde elle chega??»
Respondeu:
«20 - Naõ tem correyo, porque o correyo de que se serve esta Villa hé o da cidade de Portalegre; que dista seis légoas, que parte nas quintas feyras e chega no sabbado.»
Depois houve os habituais progressos, lentos, mas efetivos.
As páginas de algumas das Listas Telefónicas:
08 novembro 2020
Monte do Pombo
08 novembro 2020 | 0 Comentários | | 00:00 |
Em meados dos Anos 50 começou a ficar despovoado até perder o último habitante temporário nos Anos 60 e definitivo nos Anos 70.
Seguiu-se o abandono.
A localidade de Montalvão como sede de concelho e depois de freguesia ficou sempre muito periférica em relação ao centro geográfico do território que tem sob sua "jurisdição".
Caminho Castelo de Vide para Castelo Branco e vice-versa
O Monte do Pombo não ficava em pleno caminho milenar que ligava Castelo de Vide a Castelo Branco ou este a Castelo de Vide mas ficava numa encosta para Nordeste, com muita e boa água, já muito próximo da Lomba da Barca, onde se fazia a travessia do rio Tejo. A uma légua de Montalvão, concretamente 4.8 quilómetros e a 1,1 quilómetros da margem esquerda do rio Tejo.
Foi o grande proprietário dos terrenos ao redor do Monte do Pombo. Os habitantes deste lugarejo faziam muitos trabalhos sazonais para ele, tal como para o Laia (dono da herdade Lomba da Barca) e com origem num povoado da Beira Baixa. Muitos habitantes do Monte do Pombo viviam das suas hortas - o lugarejo era generoso em água permitindo hortas junto das linhas de água - vendendo em Montalvão. Além disso alguns habitantes de Montalvão tinham olivais, com alguns sobreiros e pinheiros mansos, nos cabeços de arcoses e cascalheiras pois estas permitiam que, também, a cobertura vegetal fosse generosa. Uma "saca de azeitona" do Monte Pombo dava um alqueire de azeite. Eram consideradas das melhores oliveiras do território montalvanense. Até ao apanhar (ripar) azeitona ficavam as mãos logo untadas, enquanto noutros locais a azeitona era mais «abrufêra» (água russa) que «azête». Escrever acerca do Monte do Pombo nunca se pode olvidar os antepassados do Ti Mané Corrêa e dos seus descendentes. Provavelmente foram dos primeiros a chegar e de certeza, os últimos, a abandonar o lugarejo.
07 novembro 2020
Morujo Júlio 76
07 novembro 2020 | 1 Comentários | | 00:00 |
O GRANDE ATLETA MONTALVANENSE COMPLETA 76 ANOS, NESTE DIA 7 DE NOVEMBRO DE 2020.
Declaração de interesses: vi Morujo Júlio correr mais de duas dezenas de vezes, ao vivo e a cores, no corta-mato (campeonatos regionais, nacionais e "Corta-mato dos Dez"), em estrada (Estafeta Cascais - Lisboa) e nas pistas (campeonatos regionais e nacionais, além de outras competições). Vi-o no Vale do Jamor e noutros terrenos acidentados nos arredores de Lisboa (do Campo Grande aos terrenos junto ao estádio da Luz), na Marginal, particularmente em Paço d'Arcos e em muitas pistas: estádio Nacional, José Alvalade, estádio Universitário, Restelo e FNAT/Inatel (atual 1.º de Maio). Penso que nunca o vi correr na pista sintética do SL Benfica. Nunca o vi correr em pista coberta (pavilhão do estádio universitário). Não fui ver as competições para o ver. Fui ver as competições para ver o Benfica vencer. Infelizmente celebrei poucas vitórias do Benfica frente à fortíssima equipa do SCP. "Torcia" pelo Benfica frente a ele, mas...torcia por ele (por ser de Montalvão) frente aos seus colegas de clube: Carlos Lopes e Fernando Mamede. Repito. Vi-o correr mais de duas dezenas de vezes, por vezes passar a um palmo de onde estava nas competições de corta-mato e estrada.
NOTA INICIAL: Esperemos que em 2024, aquando dos seus 80 anos, os blogues tenham maior capacidade que atualmente... Já colocar "tanto peso" em digitalizações foi como correr uns quantos quilómetros! Estatísticas e informações retiradas do portal do jornalista Manuel Arons de Carvalho (clicar).
Em 7 de Novembro de 1944 (terça-feira) nasceu na rua da Barca, José Morujo Júlio, filho único. Deixou Montalvão aos seis meses de idade, vivendo em Lisboa até aos seis anos. Regressou com os pais a Montalvão, onde entre os seis e os dez anos fez a instrução primária na «Escola Nova» e o exame da 4.ª classe como habitualmente em Nisa. Filho de pai Benfiquista cedo revelou inclinação para o Sporting Clube de Portugal. Em Montalvão não revelou especial aptidão para as corridas, embora fosse imbatível no jogo da "barra do lenço", em Montalvão denominado "Tirar a Bandeira», jogado muitas vezes no Adro. Era temível.
03 novembro 2020
Os Curandeiros
03 novembro 2020 | 0 Comentários | | 00:00 |
No auge demográfico e social de Montalvão no século XX (Anos 40 e 50), houve o Senhô Zé Barbêre.
(clicar em cima desta e de quase todas as imagens permite melhor visualização das mesmas)
Quando se torcia alguma perna ou braço era ao Senhô Zé Barbêre, que alguém ou alguns, pegavam no sofredor e entregavam-no mazelado em casa dele. Esperavam e eis que viam regressar um outro ser como que ressuscitado do sofrimento.
Quando se tinha uma dor de cabeça, com permanência ou frequentemente, só havia uma solução. As "mézinhas" do Senhô Zé Barbêre faziam "milagres" em pouco tempo.
Era de trato fino, palavras meigas e certeiras que davam descanso, ajeitavam a alma intranquila e curavam emoções descontroladas.
Problemas emocionais mais graves era no confessionário perante o Senhô Padre.