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28 agosto 2019

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J. P. Martins Barata 123

28 agosto 2019 0 Comentários
NASCEU HÁ 123 ANOS, NA HERDADE DO PEREIRO, UM MONTALVANENSE POR ADOPÇÃO.



Um "quase-povacho" importante para Montalvão?! Sim. Não havendo preconceito é um cidadão do Mundo ao qual os montalvanenses devem reconhecimento por ter registado, guardado e publicada informação relevante acerca da Cultura, Tradições e Hábitos seculares em Montalvão.


Aplica-se bem a Martins Barata o facto de sendo "estranho" ter entranhado as diferenças de Montalvão para as localidades que conhecia. É um facto que quem se vai habituando à vivência num lugar tudo desse lugar lhe é óbvio. Tal não acontece para quem lhe é exterior.

É uma questão de olhar e não ver (por nos irmos habituando à normalidade) ou olhar e ver (por quem desconhece mas reconhece). Foi assim com Martins Barata. 

A biografia de José Pedro Martins Barata é interessante. Sendo da Herdade do Pereiro (onde nasceu), viveu na Póvoa e Meadas (onde foi baptizado e passou a infância) até Alpalhão onde o pai João nasceu e a mãe D. Antónia (professora) trabalhou e conheceu o pai. Três locais que lhe foram moldando a personalidade, até Portalegre e Lisboa. Mais que Montalvão, ambos naturais de Montalvão, onde nasceram em meados do século XIX e depois foram viver para Alpalhão onde já nasceu o pai João. Mas foi Montalvão que o "marcou".

Como o Mundo é pequeno e Montalvão grande, casaria com uma montalvanense (D. Maria José de Faria Pimentel) nascida na rua do Arrabalde cujos pais tinham, entretanto, ido viver para a Póvoa e Meadas onde se cruzou com José Pedro Martins Barata. Os sogros casaram em Montalvão, com o sogro (António Manoel de Faria) a ser montalvanense de gema e a sogra (D. Inez da Encarnação Carrilho) nascida em Póvoa e Meadas, daí ser compreensível a saída de Montalvão para viverem em Póvoa e Meadas. Onde José Pedro Martins Barata e D. Maria Pimentel, tudo parece indicar, se conheceram. Mas casaram muito tarde para o que era comum na época. Ele com 38 anos e ela com 36 anos.

A curiosidade e surpresa é que a maior parte do "trabalho" de José Pedro Barata, em Montalvão, foi feito depois de se aposentar, ou seja, nos Anos 50, embora ele escreva que desde a adolescência (15/20 anos) ficou impressionado com a singularidade montalvanense. Daí que as primeiras publicações surjam em 1966 e a última em 1969 (como separata em 1970), mas tenha escrito: 


"Tradições religiosas em Montalvão e em Póvoa e Meadas no extremo-norte alentejano; pp.1; 1970
  
A pequena biografia, mas grande em qualidade e rigor que o historiador de Montalvão (e não só...) Jorge Rosa lhe fez merece ser transcrita na sua totalidade:


Reprodução do livro indicado na NOTA FINAL 5

Resta acrescentar que José Pedro Martins Barata faleceu em Lisboa, no n.º 200 da rua Saraiva de Carvalho (paredes-meias com o cemitério dos Prazeres) mas pediu para ser sepultado em Montalvão embora tenham declarado residir em Póvoa e Meadas. Faleceu de acidente vascular cerebral, viúvo, aos 82 anos, pelas 23 horas, em 25 de novembro de 1978.



Em 25 de novembro de 2020, para assinalar os 41 anos do seu falecimento neste blogue será feita uma recensão crítica da sua obra referente a Montalvão. E como o autor deste blogue o "descobriu" com cerca de 14 anos de idade, na sequência do 25 de abril de 1974, em Montalvão, numa carpintaria, localizada na rua das Almas.

Obrigado, José Pedro Martins Barata

NOTAS FINAIS:

1. O assento de batismo de José Pedro Martins Barata



2. Os três averbamentos (casamento, viuvez e óbito) de José Pedro Martins Barata


Casamento: 8 de outubro de 1924; viuvez: 29 de janeiro de 1967; óbito: 25 de novembro de 1978 

3. O assento de batismo da esposa D. Maria José de Faria Pimentel




4. O assento de óbito de José Pedro Martins Barata



5. Um livro para ler e reler: 



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26 agosto 2019

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Ser ou Não Ser

26 agosto 2019 0 Comentários
MONTALVÃO COM ARTISTAS DE GERAÇÃO.

Criação de Mari'Drumédes Caratana

Um carpinteiro que de um pedaço de madeira
Com mãos e inteligência de artista
Sabe imaginar o futuro e segue sem cegueira
Criando uma obra de utilidade, afecto e futurista



Uma filha de carpinteiro tem linho de coser  
E com um novelo colorido para tecer
Imagina quão belo pode este ser    
E resulta nesta maravilha de se ver




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Montalvanense ou Montalvense

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SEM A MÍNIMA DÚVIDA... MONTALVANENSE!



A internet trouxe muitas vantagens mas não só vantagens. Uma das desvantagens é a desinformação e notícias falsas por negligência, ignorância ou má intenção. Que de boas está o Inferno cheio.

Não é difícil "encalhar" em montalvenses. Eis dois exemplos:



Para fonte original (clicar)

Para fonte original (clicar)

O melhor investigador que houve (e existe que estas pessoas nunca morrem a não ser fisicamente) é o professor Ivo Xavier Fernandes (clicar para mais informação na wikipedia.pt). O gentílico para Montalvão está registado no Volume I da sua obra-prima:



Aliás é da escrita deste ilustre investigador que surge a base da origem do topónimo Montalvão que se vai repetindo até à exaustão nos dias de hoje, como consta do Volume II:





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24 agosto 2019

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Espiga a Quanto Obrigas

24 agosto 2019 0 Comentários
QUEM NÃO SE LEMBRA DOS DOIS MONTES DE CEREAL À VOLTA DA VILA? A SUL NA TAPADA DA FORCA DO SENHOR JAQUIM ROBERTO E AS SEARAS A NORTE NA TAPADA DA CADEIRINHA, DO SENHOR DOUTOR MÁRIO NA ALAGOA.



O Ti Zé Caratana é que tinha carta de tractor para fazer trabalhar esta quinquilharia toda e ainda passar o "comboio" com a debulhadora e enfardadora de palha pela Arrabalde acima, rua da Barca e de Ferro a caminho da Alagoa.



No tempo em que se sabia distinguir bem as espigas de trigo (o que não tinha pragana - «sarafana», em montalvanês - era mais fácil), centeio, cevada e aveia (esta era fácil).


Tractor com cilindro para fazer rolar as correias



Debulhadoura


Enfardadoura


Que comboio aldeia acima, aldeia abaixo. Uma «tranquintana» fora do Carnaval.




O pior da debulha



O melhor da debulha


E nós atrás da quinquilharia Arrabalde acima para tentar ver algum bloco deste conjunto o roçar a parede da menina Mari'Anna! Quando o Ti Zé Caratana chegava incólume à Porta da Igreja olhava por cima do ombro e ria-se. Tinha passado mais uma vez o teste com distinção.

Primeiro a Mêda-Sul na Tapada da Forca (a «quinquilharia» chegava de Póvoa e Meadas) e depois para a Mêda-Norte lá para os lados da Alagoa, na tapada da "Cadeirinha"

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22 agosto 2019

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O Linho

22 agosto 2019 0 Comentários
É UM DOS PRODUTOS MAIS ANCESTRAIS DE MONTALVÃO. E DE MAIOR VALOR EM TODOS OS SENTIDOS.


Fundamental no tempo em que não havia algodão. Muito trabalho tiveram as mulheres montalvanenses durante a sua vida em cuidar do linho para depois os tecidos lhes cuidarem da vida.



Quem não se lembra da Xá Jaquina a cardar o linho dos Dourados («Dourédes» em montalvanês). Uma vida de trabalho aturado e canseira. Era assim... até meados da década de 70 do século XX. Ripou, cardou, fiou, dobou, urdiu e teceu quilómetros e quilómetros de linho. Tantos quantos anos teve a vida!



Uma planta que tem tanto de bela como de trabalheira. Mas que dava qualidade de vida depois do linho ser duplamente trabalhado: passar de fibras vegetais a fio e deste a tecidos. Montalvão tinha encanto.



Quem diria que para haver tanto tecido belo e vistoso tinha que se fazer trabalho sobre trabalho.


  
Muito se trabalhou em Montalvão para dar algum conforto à vida!




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20 agosto 2019

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Ólhér Estas Maganas! A Festa da Senhô Drumédes

20 agosto 2019 0 Comentários
MESMO COM A LOCALIDADE COM POUCA POPULAÇÃO, A CADA ANO MENOS JOVEM AINDA HÁ HERÓIS QUE CONSEGUEM MANTER A TRADIÇÃO.



Uma festa de um dia que se realizava junto à ermida, depois passou para os três tradicionais dias, na Corredoura (onde a vivi, anualmente, entre 1969 e 1976) com a ida dia 8 à capela e atualmente junto à Praça de Touros, no recinto da Fonte Cereja.




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Venham mais cem!


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