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12 dezembro 2018

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Nascimentos, Baptizados, Casamentos e Funerais

12 dezembro 2018 0 Comentários
EM MONTALVÃO TODAS AS PESSOAS SÃO IMPORTANTES.



Em resposta a um leitor deste blogue.



Pode encontrar o registo de nascimentos,baptizados, casamentos e óbitos desde 2 de Dezembro de 1551 até 31 de Março de 1911. É facílimo em clicar.





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11 dezembro 2018

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Montalvanenses 1878

11 dezembro 2018 1 Comentários
ENTRE O RECENSEAMENTO DE 1864 E O DE 1878, EM 14 ANOS A POPULAÇÃO DA FREGUESIA AUMENTOU APENAS 40 PESSOAS. 


Em média, aproximadamente, três pessoas por ano. No dia 1 de Janeiro de 1878 habitavam 1 413 pessoas em 382 fogos (habitações). Mais oito casas construídas em 14 anos pois no Censo de 1864 o número de habitações era de 374. 


(clicar em cima da imagem para melhorar a visualização do Censo de 1878)



No comparativo com o Recenseamento de 1864 há menos informação qualitativa e mais pormenor nas idades dos montalvanenses. Em 1878 havia 110 (95 homens e 15 mulheres) montalvanenses que sabiam ler e escrever. Considerando a população acima de dez anos havia 982 montalvanenses analfabetos (não sabiam escrever e destes apenas 27 sabiam ler). Ou seja, cerca de 70 por cento eram analfabetos.


(clicar em cima da imagem para melhorar a visualização do Censo de 1864)



Para ver todas as 444 páginas do Recenseamento Geral da População (1 de Janeiro de 1878) é só clicar.

Para ver todas as 340 páginas do Recenseamento Geral da População (1 de Janeiro de 1864) é só clicar.

Em 14 anos, entre 1864 e 1878 há cerca de 446 habitantes com menos de 14 anos, ou seja, não existiam em 1864, outros tantos devem ter nascido e morrido sem chegarem a ser recenseados, mas só houve um aumento de 4o montalvanenses. Nascia-se e morria-se muito em Montalvão.

Em 1878, a 22 anos de terminar o século XIX, Montalvão tinha já sete famílias com posses muito acima das restantes. Os "ricos" como lhe chamam (ou chamavam) os montalvanenses.

Mas isso é História do Futuro. Para um dia destes...
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07 dezembro 2018

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Montalvanenses

07 dezembro 2018 0 Comentários
DOS ZERO AOS 2 672 (EM 1940) HABITANTES.




Muitos textos há a fazer acerca dos montalvanenses. Por agora balizar este desde que há Recenseamentos Gerais da População, ou seja, entre 1864 e 2011. 

Mas há registos de população e fogos (habitações) anteriores a 1864. Há mesmo uma vasta informação a relatar as ocorrências - físicas e humanas - dos efeitos do Terramoto de 1 de Novembro de 1755 em Montalvão. A vantagem de Montalvão ser concelho em 1755 pois a informação inventariada é por concelho.


(clicar em cima da imagem para melhorar a visualização)



Para ver todas as 340 páginas do Recenseamento Geral da População (1 de Janeiro de 1864) é só clicar.


Em 1864 eram 1 373 montalvanenses a habitar na localidade. E 148 anos depois, em 2011, há (ou havia) 337 a viver na aldeia. Ou 442 contando com o Monte da Salavessa (105 pessoas).




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06 dezembro 2018

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Igreja Matriz

06 dezembro 2018 1 Comentários
A IGREJA MATRIZ DE MONTALVÃO É UMA JÓIA. E COMO TODAS AS JÓIAS É INESGOTÁVEL EM SIGNIFICADOS.




Nem é grande, nem é pequena. Nem é sumptuosa, nem é risível. Nem é luxuosa, nem é desprovida. Não é vulgar mas tem significado e é significativa.



Acredito ter sido o primeiro edifício definitivo a ser construído num Monte Ermo a acabar o século XIII. Depois de construídas as habitações daqueles que criaram condições para a erguer. 



Está muito modificada, mas mantém as características iniciais. 


Mais que uma igreja, um Mausoléu aos primeiros povoadores do Mont' Ermo transformando-o em Mont' Alvão. 



Aquando das obras que a descaracterizaram, em início dos Anos 70, perdeu-se uma oportunidade de fazer uma identificação dos esqueletos que a povoavam por baixo das lages de pedra e ripas de madeira sagrada. Estariam ali os restos mortais dos pioneiros da aldeia.



Apenas com a sagrada torre Norte foi-lhe depois acrescentada a torre profana, a Sul, pertencente à Junta de Freguesia onde bate a cada meia hora o sino do relógio que nos ecoa mesmo em montalvanenses na Nova Zelândia.



A igreja perdeu o rústico de outrora mas mantém o coração que a fez crescer, mudar, alterar e sobreviver com poucos danos a terramotos da Natureza e Humanos.




Espaço ancestral e nobre. Aqui se nascia e morria. A vida de um montalvanense passava por aqui. O baptismo (aqui se nascia...), o casamento (aqui se povoava Montalvão) e a última missa de corpo presente já inerte (aqui se morria...).



Passavam os primeiros sinais de vida (pia baptismal), a alegria da Boda (junto ao altar) e a sua despedida, no sítio, onde a tanto baptismo assistira, tanta Boda alegrara e tanta missa de despedida de entes queridos ou simples co-habitantes da freguesia com que tantas vezes se cruzara nas artérias da aldeia ou à volta dela entre caminhos, azinhagas e veredas. 



Eis a Igreja Matriz, nobre e embelezada de Nossa Senhora da Graça, celebrada em 27 de Novembro, mas diariamente em Montalvão onde só fugindo é possível durante vinte e quatro horas não passar, pelo menos, uma vez junto à sua porta com pórtico gótico.



No seu interior tem as medidas-padrão da aldeia antes da existência do sistema métrico. Uma igreja ao serviço da população. Na coluna imaculada - a do lado do início da vida - encontramos o:

Palmo: cerca de 22 centímetros atuais;

Côvado (três palmos): cerca de 66 centímetros atuais;

Vara (cinco palmos): cerca de 110 centímetros atuais.





A Igreja é o ponto de união da diáspora montalvanense. Já não nos batizamos, casamos e morremos na nossa Igreja Matriz. Mas mesmo nos lugares mais afastados dela é como se nunca a tivéssemos deixado para trás. Está dentro de cada um de nós. Entranhada em cada um e em todos. Ela é a nossa origem e o nosso fim. Continua a ser.

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03 dezembro 2018

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Castelo

03 dezembro 2018 0 Comentários
O castelo de Montalvão é mais um ponto de vigia amuralhado que propriamente aquele castelo que imaginamos com torre de menagem embora a localização, situação e construção do castelo montalvanense a dispense pois todo ele é uma torre de menagem.



NOTA: Este texto é apenas uma interpretação pessoal como têm sido todas as que já se fizeram visto não haver notícias de investigação arqueológica e só estas dão garantias científicas de poder ter certezas absolutas ou quase. Enquanto não acontecem - e nunca acontecerão - vale o bom senso e senso comum.



Na realidade as notícias mais antigas acerca do castelo de Montalvão além de bem datadas estão tão bem descritas que até mereceram dois desenhos aprumados e publicados na recolha "Livro das Fortalezas" por Duarte de Armas (Lisboa, 1465 - Lisboa, 15??), nos Anos da Graça de 1510 a 1512, num trabalho apurado Sul para Norte, realizado entre a Primavera de 1509 e o Verão de 1510.  

VISTO DE SUL



VISTO DE NORTE


Uma dúvida é desfeita. Entre Castro Marim e Caminha o castelo de Montalvão é um dos 57 desenhados com pormenor por Duarte de Armas. É por isso "importante no passado" para ser desconsiderado e abandonado no presente e futuro.




História de Portugal; Volume I; Página 136; Marques, A. H. de Oliveira Marques; Palas Editores; Lisboa; 1.ª edição; Março de 1972 (adaptado com a localização de Montalvão)
História de Portugal; Volume I; Página 136; Marques, A. H. de Oliveira Marques; Palas Editores; Lisboa; 1.ª edição; Março de 1972  (Fronteira depois do Tratado de Alcanizes mas que se foi marcando a assimilando, paulatinamente, durante dezenas de anos)

História de Portugal; Volume I; Página 221; Marques, A. H. de Oliveira Marques; Palas Editores; Lisboa; 1.ª edição; Março de 1972 (as incursões em Ouguela também podem ter sido entre as Meadas e Montalvão. O leito seco da ribeira de São João (afluente do rio Sever) é uma autoestrada medieval no Verão quando as estevas e giestas cobriam as encostas bravias)



O castelo de Montalvão não tinha sentido ser construído antes do Tratado de Alcanizes visto que a fronteira entre Portugal e Castela não era no rio Sever mas muito mais para Leste, no rio Salor. E faz todo o sentido ter sido construído ou reforçado depois de D. Nuno Álvares Pereira e D. João I terem percebido que a fronteira imediatamente a sul da confluência do rio Sever no rio Tejo ser muito vulnerável facilitando a incursão aos castelhanos que teimassem chegar a Santarém e até a Lisboa, capital do Reino de Portugal, desde 1255, ou seja, após D. Afonso IV (filho de D. Dinis) mudar a Corte para Lisboa. 



A construção do castelo de Montalvão obrigou a uma obra notável em imaginação e esforço pois para ficar nivelado num terreno desnivelado obrigou a construir um talude artificial (alambor) em xisto colocado em espinha onde depois se ergueram as muralhas e os dois cubelos laterais. Junto a estes torreões o desnível é de cerca de um metro (a porta de entrada fica na linha do festo) enquanto o topo para leste tem um estrado com cerca de seis metros o que indica um desnível de cinco metros em 80 de comprimento por 50 de largura.




Lado Norte (azinhaga da Bala) com o cubelo norte assente no chão térreo para lá do alambor



Lado Sul (azinhaga da Serventia) com o cubelo sul assente no chão térreo para lá do alambor 



Para Leste (junção das azinhagas) com o alambor de maior dimensão



Para Leste (junção das azinhagas para iniciar/findar a azinhaguinha agora para o cemitério novo)



O castelo tem uma planta ovalada no sentido Oeste/Leste, com dois cubelos quadrangulares muito salientes em posição oposta mas assimétrica direccionados para Norte e Sul. Com paramentos (muralhas) aprumados e justapostos - como todos os muros rústicos da freguesia - de pequena dimensão, em altura cerca de três metros, em média, de alvenaria em xisto. Ao longo de todo o perímetro circular, por isso com excepção na porta de entrada, de muralha rectilínea, correspondente à linha de festo, tem um poderoso alambor de nivelamento com xisto encaixado em espinha, entre a cota 332 metros (na entrada a Oeste virada para as traseiras da Igreja Matriz) e a cota 329 metros (no lado oposto, a Leste, virado para Espanha).  



Numa futura peregrinação a Montalvão é possível conseguir fotografias específicas que mostram o trabalho de construção do talude com placas de xisto em espinha, as muralhas em placas de xisto justapostas e o desnível de três metros entre o lado Oeste e o lado Este.



As gerações e gerações que fizeram o "Assalto ao Castelo " (até ao 25 de Abril de 1974 era uma propriedade privativa que estava fechada e de acesso interdito) sabiam bem - por dezenas ou centenas de anos de "Assalto" o local que sendo mais fácil - por ter placas de xisto desnivelados que permitiam agarrar e pousar os pés - o quanto era perigoso, não só por poderem todos ou alguns ir parar ao posto da GNR (Guarda Nacional Republicana) mas também a vasta probabilidade inversamente à destreza de ir bater com os costados, não no chão, mas no "estrado" de xisto cunhalado em espinha. E se doía!
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